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Descontruindo Woody

Woody-AllenWoody Allen corta sua banana em sete fatias cada manhã. Ele acredita que se cortar seis fatias, ou oito, algo de ruim pode acontecer. “Eu sei que seria coincidência total, se eu não cortá-la em sete pedaços, e minha família seria morta em um incêndio”, diz ele. “Eu entendo que não poderia haver nenhuma correlação mas, você sabe, a culpa seria demais para eu suportar, por isso é mais fácil para mim cortar essa estúpida banana.” …

Aos 72 anos, ele diz que ainda acorda durante a noite, com medo do vazio. Ele não consegue conciliar seu estridente  ateísmo com a sua superstição sobre a banana, mas ele sabe por que ele faz filmes: não porque não tem qualquer grande indicação para oferecer, mas simplesmente por tentar afastar sua mente do horror existencial de estar vivo. – Pegue as bananas e corra, Jenny Yabroff, Newsweek, 08 de agosto de 2008

Eu admiro a honestidade de Woody Allen. Sinto-me triste com a dor que ele vive com a insônia e o medo, a necessidade de preencher a sua vida com as distrações do “horror existencial de estar vivo.”

Mas eu admiro sua honestidade sobre o terrível vazio que deve existir se Deus não existe, nenhum sentido para as nossas vidas, nada mais que o vazio na morte.

É uma terrível realidade gritante.

Mas o vazio, o medo irracional e o horror existencial sempre me pareceram ser a única alternativa honesta e inevitável à fé de que há um Deus que nos ama e nos criou para um bom propósito.

A maioria não parece viver com esses medos tão perto da superfície. Os filmes de Woody Allen sempre foram um mundo esquecido por Deus onde a vida é aleatória e sem sentido, e ainda assim seus personagens encontram uma certa alegria de qualquer maneira, como eu acho que a maioria das pessoas fazem. Alegria em sexo, alegria nos relacionamentos, alegria no acaso desses momentos agradáveis mas aleatórios que inexplicavelmente acontecem a todos nós.

Há uma certa alegria que pode ser alcançada por não se refletir sobre a terrível verdade sobre o enredo de nossas vidas: que nós, inevitavelmente, sofremos a dor de algum tipo, seja de doença ou a perda de um ente querido, a violência aleatória ou relacionamentos desfeitos , e que acabaremos por morrer.

A vida de fé de forma alguma está vacinada contra o sofrimento e a dor. Mas somos fortalecidos e cheios de coragem (encorajados) pelo Salvador que diz que irá percorrer os terrores conosco, apoiando-nos e mantendo-nos.

A fé não é um mero truque da mente. É a vivência de uma realidade alternativa, a realidade de que o mundo não é vazio como parece, não é aleatório como parece. Sim, existe o mal, mas também o bem, e este Bem nos resgatou dos horrores do vazio.

Porque Deus amou o mundo de forma tão cara que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna, ao invés de perecer. Deus não enviou o seu Filho ao mundo para sentenciar sobre ele, mas para salvar o mundo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por ter se recusado a acreditar no nome do unigênito Filho de Deus. E esta é a sentença da condenação: que a luz entrou no mundo e, ainda assim os homens preferiram as trevas à luz. É porque suas ações têm sido más. – João 3,16-19 (versão Moffatt)

Por qualquer razão, Woody Allen tem rejeitado a possibilidade de Deus e da possibilidade de resgate pelo Filho de Deus, Jesus Cristo. Allen é um homem brilhante, e na verdade, a história do Deus que nos criou por amor e enviou Seu Filho para morrer por nossos pecados, pode ser difícil de engolir.

E, no entanto, é uma na qual história milhões de pessoas, muitas delas tão e mais brilhantes que Woody Allen, colocaram sua fé nela (pense em C.S. Lewis, Leo Tolstoy, J.R.R. Tolkien, Francis Schaeffer, e Alexandr Solzhenitsyn, só pra citar apenas um poucos.)

A fé não é um jogo mental, mas é o reconhecimento de que existe uma alternativa aos horrores existenciais do vazio de sentido. Essa alternativa é Jesus Cristo.

Crédito da foto: Colin Swan

Fonte: http://www.anotherthink.com/contents/movies_books_music/20080822_deconstructing_woody.html
Tradução: Emerson de Oliveira

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