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Desafio ao “Teste da Fé do Infiel”, de John Loftus

Para saberem mais sobre quem é o John Loftus, vejam este link.

John Loftus propõe o que ele chama de Outsider Test of Faith (OTF: Teste da Fé do Infiel) como segue:

  1. As pessoas racionais em diferentes localizações geográficas em todo o mundo esmagadoramente adotam e defendem uma grande diversidade de crenças religiosas, devido à sua herança e educação cultural. Esta é a tese da diversidade religiosa.
  2. Consequentemente, é muito provável que a adoção de visões religiosas de alguém não seja simplesmente uma matéria de juízo racional independente mas é causalmente dependente de condições culturais a um grau esmagador. Isto é a tese da dependência moral.
  3. Assim as chances são altamente prováveis de que qualquer fé religiosa adotada seja falsa.
  4. Portanto, a melhor maneira de testar as visões morais adotadas de alguém é da perspectiva de um cético com o mesmo nível do ceticismo usado para avaliar outras visões morais. Isso expressa a OTF.

Assim, proponho o que eu chamo de “Teste da Moralidade do Infiel” (OTM) como se segue:

  1. As pessoas racionais em diferentes localizações geográficas em todo o mundo esmagadoramente adotam e defendem uma grande diversidade de pontos de vista morais, devido à sua herança e educação cultural. Essa é a tese da diversidade moral.
  2. Consequentemente, é muito provável que a adoção de uma visão moral não seja meramente uma questão de julgamento racional independente, mas é causalmente dependente, em um grau avassalador, das condições culturais. Essa é a tese dependência moral.
  3. Assim, são altamente prováveis as chances de que quaisquer pontos de vista morais adotados sejam falsos.
  4. Portanto, a melhor maneira de testar um pontos de vista moral adotado é a partir da perspectiva de alguém de fora com o mesmo nível de ceticismo usado para avaliar outros pontos de vista morais. Isso expressa a OTM.

O OTM tem exatamente a mesma estrutura que o OTF de Loftus. Eu não aceito a OTM e, por isso, eu não aceito o OTF Loftus. Se Loftus rejeita a OTM, o ônus da prova cabe a ele para demonstrar por que devemos usar o OTF e não o OTM.

Então, aqui está o meu desafio para Loftus. Será que ele aceita a OTM? Se for assim, por que é que ele não é cético sobre seus próprios pontos de vista morais (por exemplo, seu ponto de vista de que as mulheres devem ser bem tratadas e respeitadas como iguais aos homens, uma visão dificilmente aceita universalmente em todas as culturas humanas)? Se não, por que ele aceita o OTF?

Estou curioso para saber: por que achariam que eu, Loftus, ou qualquer outra pessoa, deveria desconfiar de declarações como

(1) a opressão das mulheres é má

ou

(2) Amar os filhos é bom

Até que descubramos, ou fiquemos plenamente conscientes, existem argumentos fortes para eles ou para um sistema moral que os apoia?

Por Thomas Larsen
Tradução: Emerson de Oliveira

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