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REFUTANDO JONATHAN MATTHIES: Profecias BÍBLICAS que não se CUMPRIRAM

Neste artigo vamos refutar ponto por ponto academicamente das alegações do Jonathan Matthies no vídeo do Daniel Gontijo. Curta, comente e compartilhe. Compre os livros na descrição

Vamos abordar isso de forma crítica, utilizando fontes acadêmicas e exegéticas confiáveis.

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1. Afirmação: A maioria das profecias bíblicas são historicizações e não predições futuras reais

Refutação: A alegação de que as profecias bíblicas são, em sua maioria, “historicizações” (ou seja, escritas após os eventos já terem ocorrido) ignora o método literário, teológico e histórico empregado pelos profetas. Diversos estudiosos da Bíblia reconhecem que as profecias contêm tanto aspectos preditivos quanto de aplicação contemporânea.

  • Daniel 9 é um exemplo notável, onde a predição sobre a “destruição do Templo” por parte do império romano é precisa, e a historicidade dessa predição é amplamente reconhecida até mesmo por estudiosos críticos. Craig Blomberg e outros especialistas afirmam que as profecias bíblicas não são simplesmente o resultado de um processo literário posterior, mas revelam uma intervenção divina no tempo, referenciando eventos futuros de maneira precisa.
  • Além disso, o conceito de profecia no contexto bíblico tem um forte componente escatológico (relativo ao fim dos tempos), como observado em Amós 3:7: “Certamente o Senhor Deus não faz coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” Isso sugere que a Bíblia tem uma visão de longo prazo dos eventos históricos, refletindo um padrão de cumprimento.

A frase “profecia historicizada,” cunhada por John Dominic Crossan, sugere que certos eventos descritos nos evangelhos não foram previsões genuínas do futuro, mas sim relatos de eventos passados que foram moldados para se alinhar com profecias bíblicas. Em outras palavras, os autores dos textos sagrados reescreveram a história de maneira a fazer parecer que as Escrituras estavam sendo cumpridas. Crossan aplica essa ideia em relação à narrativa da Paixão de Cristo, afirmando que os eventos relacionados à crucificação foram “modelados” a partir de passagens do Antigo Testamento.

Por outro lado, Mark Goodacre, em sua crítica a Crossan, apresenta uma perspectiva diferente com a frase “história escrituralizada”. Ele sugere que os primeiros seguidores de Jesus não inventaram eventos para fazer com que parecessem cumprimento de profecias. Em vez disso, eles interpretaram os eventos reais, como o sofrimento e a morte de Jesus, à luz das Escrituras judaicas. Assim, em vez de moldar eventos passados como cumprimento de profecias, os discípulos aplicaram as Escrituras para dar sentido a suas experiências e memórias sociais.

Goodacre também critica a metodologia de Crossan, particularmente a contradição entre a afirmação de que os discípulos fugiram durante a crucificação (portanto não tinham conhecimento direto do que aconteceu) e a ideia de que eles ainda assim relataram esses eventos como cumprimento profético. Para Goodacre, essa abordagem é inconsistente, pois pressupõe que os discípulos estariam criando um relato completamente novo com base em textos bíblicos, em vez de se basearem em alguma memória histórica concreta.

Em relação ao debate, a posição de Goodacre parece mais equilibrada e historicamente viável, pois reconhece que os seguidores de Jesus estavam imersos em um contexto religioso e cultural que utilizava as Escrituras para interpretar eventos significativos. Não é necessário supor que os autores dos evangelhos estavam intencionalmente inventando histórias para cumprir profecias, mas sim que estavam tentando compreender eventos traumáticos e inesperados (como a crucificação de seu Messias) através de sua tradição bíblica.

Esse debate tem implicações importantes para a leitura dos textos bíblicos, pois afeta a maneira como entendemos a relação entre as narrativas do Novo Testamento e as profecias do Antigo Testamento. Para estudiosos como Crossan, a ênfase está na reconstrução de eventos, enquanto para Goodacre, o foco está em como os primeiros cristãos fizeram uso de suas Escrituras para interpretar e dar significado à experiência de Jesus.

2. Afirmação: Profecia sobre Tiro (destruição da cidade) poderia ser meramente baseada em probabilidades

Refutação: O argumento de que a profecia de Ezequiel 26 sobre a destruição de Tiro foi uma “adivinhação” previsível porque Tiro já era alvo de ataques frequentes desconsidera a complexidade dos detalhes fornecidos. A profecia não apenas fala da destruição de Tiro, mas prevê que a cidade seria arrasada e “como o topo de uma rocha” (Ezequiel 26:14), o que ocorreu séculos depois com Alexandre, o Grande. Este cumprimento detalhado é amplamente reconhecido como um aspecto marcante da profecia.

  • Este cumprimento específico é discutido por estudiosos como F.F. Bruce, que salienta a precisão de tais profecias. Assim, é inadequado reduzir a predição a uma mera conjectura com base em tendências políticas ou militares da época.

3. Afirmação: O Livro de Daniel foi escrito após os eventos que previu, e ele erra ao prever o futuro depois de Antíoco Epífanes IV

Refutação: A crítica ao livro de Daniel como sendo escrito após os eventos que supostamente previu (no estilo historicista) é amplamente debatida. Embora alguns acadêmicos críticos (como aqueles que defendem uma datação macabeana para Daniel) argumentem que o livro foi escrito após os eventos, muitos estudiosos conservadores, como John Goldingay, apontam para uma série de evidências que indicam uma datação anterior, contemporânea aos eventos babilônicos e persas descritos no livro.

  • No que diz respeito à alegação de que Daniel “errou” ao prever eventos após Antíoco Epífanes, é importante lembrar que muitas das previsões de Daniel são de natureza escatológica e podem ter múltiplos cumprimentos (algo comum na literatura apocalíptica). A interpretação preterista (cumprimento passado) e futurista das profecias ainda encontra amplo apoio no campo acadêmico.

4. Afirmação: Jesus previu o Reino de Deus iminente, o que não aconteceu

Refutação: A afirmação de que Jesus previu a chegada imediata do Reino de Deus e que esta previsão falhou requer uma compreensão mais aprofundada do conceito de “Reino de Deus” nos Evangelhos. Muitos estudiosos, como N.T. Wright, destacam que Jesus não estava apenas falando de uma manifestação final e futura do Reino, mas de um Reino já presente em sua própria pessoa e ministério (Lucas 17:21). O aspecto do “já e ainda não” é fundamental para a teologia cristã.

  • O Reino foi inaugurado com a vinda de Jesus e será consumado no fim dos tempos, como evidenciado em passagens como Marcos 9:1 e Mateus 16:28, onde Jesus fala da vinda do Reino com poder em termos que podem se referir à transfiguração ou ao julgamento em 70 d.C. com a destruição do Templo. Portanto, a interpretação de que Jesus estava prevendo algo imediatamente iminente é simplista e desconsidera o contexto teológico e escatológico.

5. Afirmação: Apocalipse previu uma guerra que não aconteceu (Armagedom), e o tempo de seu cumprimento estava errado

Refutação: O Apocalipse, como obra apocalíptica, utiliza uma linguagem simbólica para descrever eventos escatológicos. A batalha de Armagedom mencionada no Apocalipse 16:16 é interpretada de diferentes maneiras pelos estudiosos. Muitos acreditam que ela simboliza o conflito final entre o bem e o mal, que culminará com a segunda vinda de Cristo.

  • A crítica de que o Apocalipse previu uma guerra específica no século II, entre romanos e persas, é uma visão que não é amplamente aceita no campo acadêmico tradicional. O Apocalipse é visto como uma obra que aponta tanto para eventos contemporâneos quanto para eventos futuros. G.K. Beale, em sua obra sobre o Apocalipse, enfatiza que este livro trata de uma revelação contínua, que abrange tanto o presente quanto o futuro escatológico, e não um evento isolado.

6. Afirmação: Jesus errou ao prever a sua volta nos dias dos apóstolos

Refutação: A passagem frequentemente citada é Mateus 24:34, onde Jesus diz que “esta geração não passará até que todas estas coisas aconteçam”. Há várias interpretações desta passagem, incluindo a ideia de que “geração” refere-se ao povo judeu ou à geração contemporânea dos eventos apocalípticos, e não aos contemporâneos de Jesus. Além disso, o cumprimento de parte das profecias apocalípticas no contexto da destruição de Jerusalém em 70 d.C. é amplamente aceito por teólogos como um cumprimento parcial.

  • R.T. France argumenta que Jesus estava falando de diferentes camadas de eventos futuros, alguns dos quais se cumpriram no tempo dos apóstolos e outros ainda esperam cumprimento na segunda vinda de Cristo.

Conclusão:

A interpretação de profecias bíblicas exige uma compreensão profunda do contexto histórico, literário e teológico. Muitas das críticas apresentadas no vídeo falham em levar em consideração as complexidades dessas dimensões, bem como as interpretações alternativas que têm sido discutidas por estudiosos ao longo dos séculos. Profecias bíblicas, em muitos casos, foram cumpridas de forma precisa, e em outros casos ainda aguardam um cumprimento futuro, como parte de uma visão escatológica mais ampla.

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  • “Jesus Under Fire: Modern Scholarship Reinvents the Historical Jesus”Michael J. Wilkins e J.P. Moreland
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    Johnson apresenta uma crítica das abordagens de estudiosos como Crossan, argumentando que muitos desses estudos se afastam dos fundamentos históricos e teológicos do cristianismo ortodoxo.
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    Wilson examina as evidências históricas em torno de Jesus e critica as teorias que tentam desconsiderar os relatos tradicionais, muitas vezes se opondo às ideias de Crossan sobre a historicidade dos Evangelhos.
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