O termo “seita” pode ser usado pejorativamente em relação a grupos considerados heréticos. Como termo técnico neutro na análise sociológica do cristianismo, todavia, a “seita” denota um grupo com certas características, como: a ênfase extrema dada a alguns aspectos ou doutrinas da tradição cristã em detrimento de outros; a conversão pessoal como condição para a pessoa tornar-se membro; e a condenação dos valores e instituições da sociedade comum. Isso contrasta com o tipo de “Igreja” do cristianismo, que se caracteriza por: ampla ou equilibrada extensão de ensino; membros entre os quais se incluem naçôes inteiras ou que requerem apenas qualificações mínimas; e grau elevado de acomodação aos valores e instituições da sociedade em geral. “Denominaçâo” é o termo que se aplica aos grupos que têm uma base mais ampla ou estâo mais abertos à sociedade comum do que as seitas, embora sejam menos abrangentes e socialmente tolerantes do que as “igrejas”. Nessa classificação, o anglicanismo, a igreja ortodoxa e o catolicismo romano seriam “igrejas” e o metodismo e o presbiterianismo, por exemplo, “denominaçôes”. (Fora da discussão sociológica, entretanto, “igreja” e “denominação” costumam usar-se simplesmente como termos sinônimos para qualquer grupo cristâo organizado. As seitas, muitas vezes, se originam de um líder “carismático”, e muitas enfatizam o milenarismo. A conexão feita amiúde com os socialmente destituídos nem sempre é correta. Em alguns casos, o tempo traz um sistema doutrinário mais equilibrado e mina a separação da sociedade (por exemplo, no caso do pentecostalismo). Grande número de seitas desenvolveu-se nos Estados Unidos, sobretudo a Ciência Cristã (Christian Science), as Testemunhas de Jeová e os mórmons. Desvios extremados da corrente principal do cristianismo e a introdução de vastos elementos extracristãos podem ser levados em conta para qualificar algumas seitas mais como “cultos” do que como seitas cristãs.