As Testemunhas de Jeová, em suas publicações, gostam de citar de várias traduções da Bíblia (a maioria não disponíveis em português) para apoiar sua doutrina que Jesus não é Deus. Como sempre, a Torre de Vigia adora citar “autoridades” para corroborar o que eles pensam, só que não dizem QUEM eram na verdade tais “autoridades”. Para ajudar nossos leitores, vamos dispor uma relação de quem são esses que a Torre de Vigia cita para apoiar a TNM.
O fato é que os anti-trinitarianos tem que se desdobrar e usar Bíblias obscuras e corruptas escritas por liberais que odeiam a Bíblia, com pouca formação de línguas bíblicas, para provar seu ponto de vista. Muitas vezes a TJ irá lhe mostrar a Sentinela ou outro livro (como Estudo Perspicaz das Escrituras) que dá uma lista de até 50 traduções de uma única passagem que apóiam a memsa tradução da TNM. Não vamos falar deles aqui porque a maioria não são traduções de Bíblia, mas é só o comentário de um homem sobre um único versículo da Bíblia. Estes homens normalmente foram anti-trinitarianos. Vejam um método comum de como as TJ usam as traduções desses liberais para apoiar seus versículos adulterados:
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O que a Bíblia realmente diz
Alguns talvez respondam a essa pergunta citando o versículo que abre o Evangelho de João: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1, versão Almeida) Não contradiz isso o que disse o bispo anglicano? Realmente não. Como John Robinson sem dúvida sabia, alguns tradutores modernos discordam da maneira como a versão Almeida, ou a King James, em inglês, traduzem este texto. Por quê? Porque na expressão “o Verbo era Deus”, no grego original, a palavra para “Deus” não tem o artigo definido “o”. Na expressão anterior, “o Verbo estava com Deus”, a palavra para “Deus” é definida, isto é, realmente tem o artigo definido. Isto torna improvável que essas duas palavras tenham o mesmo significado.
Assim, certas traduções exprimem o aspecto qualitativo em suas traduções. Por exemplo, algumas traduzem a expressão por “a Palavra [ou, o Verbo] era divina”. (An American Translation, Schonfield) Moffatt traduz “o Logos era divino”. Contudo, indicando que “divino” não seria a tradução mais apropriada aqui, tanto John Robinson como o crítico textual britânico Sir Frederick Kenyon salientaram que se era isso o que João queria enfatizar, ele poderia ter usado a palavra grega para “divino”, theí·os. A Tradução do Novo Mundo, encarando corretamente a palavra “Deus” como indefinida, bem como exprimindo o aspecto qualitativo indicado pela estrutura grega, usa o artigo indefinido: “A Palavra era [um] deus.”
O professor C. H. Dodd, diretor do projeto da New English Bible, comenta sobre esse enfoque: “Uma possível tradução . . . seria ‘a Palavra era um deus’. Como tradução palavra por palavra não pode ser condenada.” Contudo, a New English Bible não traduz esse versículo dessa maneira. Em vez disso, João 1:1 diz nessa versão: “Quando todas as coisas começaram, a Palavra já existia. A Palavra habitava com Deus, e o que Deus era, a Palavra era.” Por que a comissão de tradução não optou pela maneira mais simples de traduzir? O professor Dodd responde: “A razão pela qual é inaceitável é que vai de encontro à corrente do pensamento joanino, e deveras ao pensamento cristão como um todo.” — Technical Papers for the Bible Translator (Documentos Técnicos para o Tradutor da Bíblia), Volume 28, janeiro de 1977.
(Fonte: Sentinela, 15 de outubro de 1993)
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Traduções citadas pelas Testemunhas de Jeová:
1. Schonfield: é uma tradução do grega ao inglês feita por um indivíduo! Porém, Schonfield, autor de “O Enredo da Páscoa”, faz de Jesus um charlatão e ele nem mesmo acreditava na divindade de Deus Pai! Schonfield, defensor do “teoria do desmaio”, é citado pelos muçulmanos em defesa de sua idéia que Jesus não morreu na cruz. As TJ habitualmente citam homens incrédulos como este para desmentir a Trindade. (“A origem da [Trindade] é completamente pagã”. (O Paganismo em Nosso Cristianismo, Arthur Weigall, citado em “Deve-se Crer na Trindade?”, Publicação da STV)
2. Johannes Greber: é citado pela Torre de Vigia, mas era um espírita que afirmava que recebia “instruções” dos espíritos para fazer sua tradução!
3. Tradução do Novo Mundo: Produzida pelas Testemunhas de Jeová para as Testemunhas de Jeová. Não é nada além de uma paráfrase sectária e nem mesmo é uma tradução! Os 4 parafraseadores foram: Nathan Knorr, Albert Schroeder, George Gangas, Fred Franz. “Fred Franz porém, era o único com conhecimento suficiente das línguas da Bíblia para tentar uma tradução deste tipo. Ele tinha estudado grego durante dois anos na Universidade de Cincinnati mas era só autodidata em hebraico”. [“Crise de Consciência”; por Raymond Franz; Editora Hagnos]
4. Moffatt, James: é uma tradução do grego ao inglês de um só homem, considerando que todas as outras gandes traduções tiveram entre 40-100 diferentes estudiosos envolvidos na tradução. Quanto a James Moffatt, ele foi um professor no Union Theological Seminary, uma das mais radicais instituições liberais. Moffatt considerava os milagres da Bíblia, como o nascimento virginal de Jesus e Sua ressurreição, como meros mitos e lendas. Ele acreditava que partes da Bíblia foram mal organizadas e tentou melhorá-la. Ele reorganizou capítulos inteiros para se adequarem a sua teologia.
5. Goodspeed, Edgar,: The Bible—An American Translation, por Edgar Goodspeed e J. M. Powis Smith – é uma tradução do grego ao inglês feita por só esses dois homens. Goodspeed foi um teólogo liberal.
6. Smith, J. M. Powis: The Bible—An American Translation, por Edgar Goodspeed e J. M. Powis Smith. Smith foi um professor em uma radical instituição liberal, a Universidade de Chicago. Sua atitude para com o nascimento de Jesus pela Virgem é vista como ele traduziu Is. 7:14 – “uma jovem mulher conceberá… ” Sua Bible Traduz Mt. 1:23 como “uma jovem conceberá…” – negando o nascimento pela Virgem. Mesmo se pudermos debater se a palavra hebraica significa virgem, não há nenhuma dúvida que a palavra grega parthenos na passagem em Mateus significa virgem. Este é consenso erudito. A forma como ele traduz Mt. 1:23 é errada. Smith também considerava os milagres da Bíbla como mitos.
7. Emphatic Diaglott: Produzida por um cristadelfo chamado Benjamim Wilson, sem credenciais em grego. Wilson negava a pré-existência pessoal de Cristo antes do nascimento e a doutrina da encarnação, sendo anti-trinitariano. É amplamente usado pelas TJ por causa de seu preconceito anti-trinitário.
8. Tradução Interlinear do Reino: Produzida pelas Testemunhas de Jeová para as Testemunhas de Jeová.
9. Lamsa, George M.: Esta é uma tradução feita de grego em aramaico hebraico, depois traduzida uma segunda vez ao inglês. Lamsa admitia que ele cresceu na igreja nestoriana. Nestório foi condenado pelo terceiro Concílio de Éfeso 431 por ensinar que Jesus tinha duas pessoas em um corpo, uma humana e uma divina. Lamsa disse: “os cristãos orientais acreditam em um Deus com três atributos, em vez de três pessoas”. (George M. Lamsa, O Pequeno Alcorão, p15) Lamsa acreditava que Deus se comunicava diretamente com ele e que ele era o único tradutor autorizado por Deus. Acreditava também que havia partes da Bíblia que foram alteradas e corrompidas, questionava a inspiração das cartas paulinas e que “certas passagens da Bíblia foram deliberadamente forjadas”. (George M. Lamsa, Novo, xiii-xv. 44 origem, 97. 45 Ibid., 97-98. 46 bíblia, v. 47 Origem, 89)
10. Cotton Patch: É uma paráfrase feita por uma pessoa e não uma tradução. É totalmente incerta.
11. New English Bible & Revised English Bible: produzida por teólogos libeais e modernistas cujas idéias iriam deixar até mesmo as TJ perturbadas. O fato que a palavra “cristão” é encontrada 32 vezes nestes Bíblias, quando de fato no grego só aparece três vezes, é prova bastante que é inconfiável como tradução literal. Eles não só trabalham contra a divindade de Cristo, mas contra o nascimento pela virgem. No geral a tradução é bem modernista. As TJ usam essa tradução para corroborar a sua mas se esquecem de que esta tradução comete gafes enormes em outros versículos.
12. New Testament in an Improved Version and Newcome’s New Translation: Precedentes por traduzir Jo. 1:1 como “e a Palavra um deus”, citado pela STV na página 5 do folheto “A Palavra – Quem Ele era? Segundo João”. Esta tradução também é encontrada no “New Testament in an Improved Version” (Novo Testamento em uma Versão Melhorada), publicada em Londres em 1808. A tradução é evidentemente UNITARIANA, aquela que ensina que Jesus só era um homem extraordinariamente bom, nada mais. O sr. Thomas Belsham, depois da morte do arcebispo Newcome, alterou o texto de Newcome! [Veja página 394, “Manual de Bibliografia Bíblica”.] Isto alterou o texto e desonrou o grande trabalho que o arcebispo Newcome tinha feito corretamente. Ou seja, o arcebispo Newcome (que realmente era conhecedor de grego) tinha feito uma tradução. Depois uma comissõ de unitarianos alterou seu texto e fez essa versão, que as TJ não se cansam de citar. O arcebispo Newcome certamente nunca disse que a Palavra era “um deus”.
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Fonte: www.bible.ca
Tradução: Emerson Honório de Oliveira