Eu sou um ex-ateu que era rápido em criticar Deus. Agora, eu interajo com vários ateus que chegam a este blog. Após refletir, vi que suas críticas (que também eram as mesmas que eu já fiz)em grande parte eram incoerentes e irrefletidas.
A maioria dos ateus criticam Deus por permitir o mal, mas não querem ser seres autônomos? Como Deus pode permitir-nos a ser livres, mas não permitir a liberdade de fazer o mal? Alvin Plantinga demonstrou isso em Deus, a Liberdade e o Mal (Eerdmans) em 1978. Desde então vimos punk, disco, metal, rap e grunge seguir o caminho de calças boca de sino. É razoável concluir que podemos ter liberdade e mal ou sermos robôs e não termos nada de “bom”.
Mas alguns ateus argumentaram: “mas Deus interviu na Bíblia para corrigir o mal, então por que Ele não faz isso agora?” Mas, como William Lane Craig e outros têm argumentado convincentemente, Deus pode optar por “milagrosamente intervir” a um grau que traz a história até o fim que o Deus onisciente, Todo-poderoso e amoroso deseja sem (e isso é importante) roubar-nos da liberdade que precisamos para sermos seres verdadeiramente autônomos.
Mas um punhado de ateus que se preocuparam em ler a Bíblia argumentam que se a Escritura afirma que haverá um Novo Céu e Nova Terra, em que não há pecado, então por que Deus não faz isso agora. No entanto, eles ignoram que este reino é para aqueles que já escolheram Deus (ou, como alguns argumentam, teria escolhido se tivessem vivido a encontrar a oferta do Evangelho).
Muitos ateus se queixam de que quando Deus intervém Ele é muito cruel. É confuso para mim que ateus reclamam que Deus não intervém o suficiente e depois queixam-se de que Ele é muito duro quando o faz! Assim, ateus ignoram o fato de que esses juízes de Deus são tipicamente assassinos de crianças que também prostituíram suas próprias filhas. Por exemplo, as várias tribos que povoavam o moderno Israel fariam os nazistas parecerem escoteiras. Quantos ateus você ouve reclamarem sobre a crueldade dos aliados por derrotarem Hitler e seu Partido Nacional-Socialista? Eu nunca ouvi um cético dizer: “Eu não posso acreditar em uma América que seria tão cruel com os nazistas!”
Além disso, os ateus se esquecem da alegação bíblica de que a justiça será executada um dia para todos. No final dos tempos, ou você vai receber o castigo pelos erros que você tem feito ou Jesus vai tomaram isso por você na cruz. De qualquer maneira, a justiça será feita. Assim, os cristãos não têm um problema sobre o mal, mas os ateus têm um problema de justiça.
Em suma, os ateus querem a liberdade libertária, mas também querem um deus babá que intervém. Eles querem justiça, mas se queixam de que a justiça é muito dura quando é dispensada até mesmo por um ser onisciente. Isso é o equivalente lógico de exigir um círculo quadrado e reclamar quando você não tem isso. O ateu consistente pode rejeitar a autoridade das Escrituras, mas não julga incoerentemente o Deus da Bíblia no qual não acreditam utilizando um padrão objetivo que, sem Deus, não existiria, em primeiro lugar.
Fonte: http://pastormattblog.com/2014/03/28/the-atheists-conflicting-criticism-of-the-god-they-dont-believe-in/
Tradução: Emerson de Oliveira