Como seria de esperar, tendo em conta a grande diversidade no islamismo, há muitas crenças variantes entre os muçulmanos em todo o mundo. Embora existam diferenças de opinião que rodeiem a sua aplicação, seis artigos de fé formam o núcleo da religião islâmica.
1. Monoteísmo. Como indicado anteriormente, os árabes pré-islâmicos eram politeístas. Devido ao sucesso da campanha monoteísta de Maomé, os muçulmanos reconheceram e dedicaram-se a um só Deus, a quem eles chamam de Alá. Adorar ou atribuir divindade a qualquer outro ser é considerado pelos muçulmanos ser shirk, ou blasfêmia.
2. Os anjos e jinn. Os muçulmanos acreditam em uma organização bem estruturada de seres angélicos. No nível mais baixo na hierarquia dos seres espirituais no pensamento islâmico estão os jinn, que são capazes de cometer tanto boas e como más ações, e de habitar seres humanos. Depois de seu primeiro encontro assustador com Gabriel, Maomé temia que ele estava possuído por um desses seres potencialmente diabólicos. Os anjos de Deus estão acima dos jinn na classificação. Na angeologia islâmica, cada muçulmano é acompanhado por dois anjos- um à direita, outro à esquerda. Este par angélico é responsável por registrar as boas e más ações do muçulmano, respectivamente.
3. Livros sagrados de Deus. O Alcorão refere-se a vários outros volumes que os muçulmanos consideram como livros sagrados de Deus. O chefe entre estes textos sagrados islâmicos são: a Lei mosaica; os salmos davídicos; o Evangelho (Injil) dado a Jesus; e o Alcorão revelado a Maomé. Os muçulmanos, seguindo a alegação de Maomé, alegam que a Torá (Pentateuco), Salmos e Evangelhos originais foram corrompidos pelos cristãos e escritores judeus, e essencialmente perdidos. Como a revelação final de Deus, o Alcorão substitui todas as revelações anteriores e afirmações de verdade (Sharrosh, 1988, 30 p.).
4. Profetas de Deus. Os muçulmanos acreditam que houve uma longa sucessão de profetas através dos quais Deus revelou sua vontade. Embora não haja consenso quanto ao número exato de profetas, Adão, Noé, Abraão, Moisés e Jesus são considerados os cinco predecessores proféticos para Muhammad (Maomé). Parece haver um acordo universal entre os muçulmanos que Muhammad foi o profeta supremo e final profeta – o “selo” de Deus dos profetas.
5. Ressurreição e Julgamento. Similar a elementos da escatologia cristã, os muçulmanos acreditam na ressurreição geral da humanidade, seguido de uma sentença definitiva. Neste contexto, as obras humanas são fundamentais. O quão bem sucedido um muçulmano estava em manter os mandatos da lei islâmica determina o seu destino eterno. Aqueles que têm conseguido mais boas ações do que ruins vão ser admitidos no paraíso, um lugar abundante com prazeres sensuais (por exemplo, o luxo, o conforto físico, comida abundante, lindas donzelas, etc., ver sura 4: 57-58; 37: 45- 48). Aqueles que são deficientes em boas ações serão expedidos para o inferno no qual, entre outros tormentos excruciantes, eles serão vestidos com roupas de fogo (sura 22: 19-20; cf., 18: 28-29).
6. Predestinação Apesar de não ser uma doutrina obrigatória, a maioria dos muçulmanos aceitam uma forma rígida da predestinação refletido no comentário feito pelo devoto: “Se Deus assim o quer.” Esta crença sustenta que todos os eventos, bons ou maus, são determinados diretamente por Deus. É, portanto, a função do muçulmano dedicado “submeter-se a essa determinação divina com gratidão obediente”, embora ele ou ela ainda deve enfrentar estrita justiça de Alá (Sharrosh, 1988, p. 32).
Fonte: https://www.apologeticspress.org/apcontent.aspx?category=8&article=254
Tradução: Emerson de Oliveira