Como refutar a afirmação das Testemunhas de Jeová sobre os 144.000?

Na verdade, há três questões a serem abordadas aqui. A primeira é o número de pessoas no céu. Em Apocalipse 7 e 14, somos informados sobre um grupo de 144.000 pessoas que sempre estarão com o Cordeiro. Se tomarmos essas descrições desse grupo literalmente, eles seriam apenas virgens judeus do sexo masculino. Isso significaria que Pedro (não uma virgem), a Mãe Santíssima (não um homem) e o fundador das Testemunhas de Jeová, Charles Taze Russel (não um judeu) não estariam no céu.

Há outros problemas com a tese das Testemunhas de que esses 144.000 serão as únicas pessoas no céu. O livro também mostra 24 anciãos que cercam o trono de Deus (Ap 4:4). Isso eleva o total geral para 144.024. Esse número é aumentado dramaticamente por Apocalipse 7:9, que afirma que há uma multidão incontável diante do trono. O número 144.000 é provavelmente apenas uma referência simbólica ao Novo Israel, obtido ao elevar ao quadrado o número das 12 tribos de Israel e multiplicar por 1000.

Quanto à questão dos que ficaram na terra, Jesus nunca fala de ter dois rebanhos, uma classe terrena e uma celestial de seguidores. Jesus tem uma noiva, e ela não está dividida em dois campos. Aqueles com seus nomes no livro da vida entram na Nova Jerusalém (Ap 21:27) e aqueles cujos nomes não estão no livro da vida são lançados no lago de fogo (Ap 20:15). Isso não deixa espaço para uma classe média. Todo o povo de Deus está junto na Nova Jerusalém, não parte aqui e parte ali.

As referências no Salmo 37 a “herdar a terra” são direcionadas à terra prometida de Israel, que mais tarde se tornou um tipo ou figura do céu. Paulo nos diz em Filipenses 3:20, “nossa cidadania está nos céus”. Aqueles que estão ocupados com o que é terreno “terminarão em destruição” de acordo com o versículo anterior.

Sobre a natureza dessa destruição, o livro Reasoning from the Scriptures das TJ afirma que a cristandade ensina que “o inferno é um lugar… onde os ímpios, após a morte, são punidos (e alguns acreditam que isso é com tormento).” Em seguida, afirma a posição das TJ de que “eles [os condenados] não têm consciência de nada, obviamente não sentem dor” (p. 169). A Bíblia indica o contrário: “A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre, e dia e noite não têm descanso (Ap 14:11); o homem rico, “estando em tormento”, clama: “Estou em angústia neste fogo ardente” (Lc 16:23-24); “ali os homens chorarão e rangerão os dentes” (Mt 8:12).

Ao discutir esses pontos com uma TJ, deixe claro que fomos criados para ver a face de Deus; como Davi escreveu: “Assim como a corça anseia por correntes de águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus. O meu ser tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei ir e ver a face de Deus?” (Sl 42).

Com toda a caridade, a ideia da Torre de Vigia de que todos, exceto os 144.000, viverão no paraíso separados de Deus por toda a eternidade equivale a uma promessa de um zoológico eterno em vez da Visão Beatífica . Você deve despertar neles o desejo pela união com Deus prometida a todos em Cristo Jesus.