O cristianismo é uma visão de mundo que existe há cerca de 2000 anos. Durante esses anos, muitos tentaram desacreditar sua mensagem. A tentativa para desacreditá-lo começou cedo, mas como alguém pode destruir o cristianismo?
A primeira tentativa para destruir a mensagem cristã veio da comunidade Judaica. Sobre Seu túmulo vazio os líderes judeus espalharam a história de que os seguidores de Jesus roubaram seu corpo. Essa tentativa de destruir a mensagem cristã primitiva falhou, uma vez que muitos afirmaram ter encontrado Jesus ressuscitado.
A próxima tentativa de destruir o Cristianismo foi forjada pelo Império Romano por meio da perseguição. De acordo com o método romano, bastava simplesmente matar e suprimir todos os cristãos. A perseguição dos cristãos por tortura e assassinato também falhou e não parou o movimento. Como disse Tertuliano, um dos primeiros pais da Igreja, “O sangue dos mártires é a semente da Igreja”.
Muitos anos passaram-se até a Idade do “Iluminismo”. Neste momento, e antes, as pessoas estavam começando a questionar tradicionais crenças em Deus e na visão de mundo cristã. A ciência e a razão foram puxadas à linha de frente do modo como alguém adquire conhecimento e responde às grandes questões da vida.
Alguns no domínio das ciências chegaram a acreditar que estas detinham todo o conhecimento possível. As teorias começaram a desenvolver-se e ainda hoje tentam oferecer explicações fora da existência de Deus. A ciência, para muitos, colocava-se contra a visão de mundo cristã, principalmente porque o domínio sobrenatural não pode ser investigado através de testes científicos. Portanto, nesta visão, o sobrenatural não pode existir, nem milagres que são operados fora das explicações naturais. O intento do naturalista era apenas destruir Deus – então o cristianismo e todas as demais religiões cairiam. No entanto, essa abordagem falhou na destruição do cristianismo.
Além disso, durante o “Iluminismo” foram desenvolvidas teorias alternativas para explicar o túmulo vazio. A crença de que os discípulos haviam encontraram Jesus depois de sua morte é parte da firme crença histórica pela maioria dos estudiosos, sejam eles cristãos ou não. “Não um pouco, mas a maioria dos estudiosos contemporâneos acreditam que existe algum núcleo histórico na tradição túmulo vazio.” [1] Algumas das teorias para explicar o túmulo vazio, a Teoria do desmaio, Teoria da Alucinação, Teoria Gêmea, Teoria mito, Teoria do espírito do corpo, e outras não conseguiram explicar com maior poder explicativo como Jesus ressuscitou corporalmente.
O Apóstolo Paulo forneceu o melhor método para a destruição do cristianismo ao afirmar “Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. Além disso, seríamos convencidos de ser falsas testemunhas de Deus, por termos dado testemunho contra Deus, afirmando que ele ressuscitou a Cristo, ao qual não ressuscitou (se os mortos não ressuscitam). Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, e ainda estais em vossos pecados. Também estão perdidos os que morreram em Cristo. Se é só para esta vida que temos colocado a nossa esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de lástima. (1Co. 15,13-19)
Paulo está absolutamente correto quanto à destruição do cristianismo. A ciência não pode sequer chegar perto de destruir a visão de mundo cristã, pois está limitada à respostas naturais. Se o Cristianismo pode ser destruído, isso se dará no desmascaramento da mensagem de túmulo vazio de seus seguidores primitivos. Como alguns poderão dizer, as pessoas sempre estarão prontas para acreditar numa mentira, e a maioria concordaria com isso – [o fato da ressurreição ser falsa] mas os primeiros seguidores de Jesus realmente acreditavam que encontraram Jesus ressuscitado, e daí em diante, estiveram dispostos a morrer pelo que acreditavam ser verdadeiro quando oposto como uma mentira.
Para destruir o cristianismo, a história da ressurreição deve ser demonstrada como mentirosa e falsa. Devem ser mostradas evidências de que a ressurreição corporal de Jesus não aconteceu. Isso significa que argumentos que inclinem a balança contra a ressurreição corporal devem ser mais pesados do que os proclamados pela visão de mundo cristã. Uma coisa é acreditar em algo, mas sua fé pode ser justificada? Quando alguém puder demonstrar que Jesus nunca se levantou dos mortos, o cristianismo estará morto. O ônus está nas mãos daqueles que querem destruir o cristianismo, e mesmo Jesus ofereceu um desafio àqueles que se opõem à visão de mundo cristã ao dizer [da Igreja], que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt. 16,18)
Se a teoria da ressurreição corpórea não pode ser destruída, talvez ela seja verdadeira. Até a sua destruição, a história da ressurreição oferece a melhor explicação para o que aconteceu ao Jesus morto três dias após sua morte. O ônus da prova cai no colo daquele que acreditam que as coisas ocorreram de outra maneira.
[1] Habermas, Gary como citado em “A Ressurreição de Jesus”, de Michael Licona, p. 461, 2010
Fonte: http://flatlandapologetics.blogspot.com.br/2012/07/how-to-destroy-christianity.html
Traduzido por Rafael Pereira de Menezes
Citações bíblicas desde a tradução da Ed. Ave-Maria