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“Casamento” gay e América: a face mutante de uma nação

Gay-Marriage13 anos depois que me formei no colégio, muita coisa mudou, não só na minha própria vida, mas na vida da América. Passamos de ter o presidente Bush ao presidente Obama. De solteiro, a ser feliz no casamento, graduando-me no seminário e liderando jovens por 13 anos. Enquanto nosso país mudou junto com nossas vidas, algumas coisas mudaram radicalmente a maneira como vivemos nossas vidas cristãs diariamente. Não, eu não estou falando sobre o 11 de setembro de 2001 embora acredite que esse dia mudou a América para sempre. Pelo contrário, eu estou falando sobre o debate sobre o “casamento” gay. Criado em Seattle, Washington, fui exposto a pessoas que eram gays e frequentemente perguntado por eles e os outros cristãos sobre o que eu pensava sobre o assunto. Mesmo em Boise, Idaho, um dos estados mais conservadores nos Estados Unidos, temos uma grande população gay. De todas as questões que vieram à tona na última década, eu não consigo pensar em nada que tem sido mais proeminente, forte e com um público mais vocal que quer que os seus pontos de vista sejam conhecidos do que a questão do “casamento” gay.

Acredito que a  América está mudando e não para melhor. Na última década temos visto nossos produtos serem exportados cada vez mais à medida que a nossa economia continua a diminuir. No entanto, no meio desse caos econômico, não vemos a moralidade aumentando. Muitos americanos atuais afirmam que são boas pessoas mas ainda não conseguem entender a sua definição do que é bom e isso sem falar do certo e errado. América está mudando e hoje é conhecido mais por aquilo que exporta (pornografia, filmes, etc) do que aquilo que produz (carros, tecnologia, etc.) Com gerações de norte-americanos viciados em pornografia, sobrepeso e consumidos pelo materialismo, qual é a nossa resposta? É ir para a guerra? É lutar contra o Supremo Tribunal Federal e ver a política como suprema? Embora eu acredite que cristãos responsáveis ​​precisam votar com uma cosmovisão bíblica em mente, eu também sei que com este cenário cada vez mais mutante, muitos cristãos lutam para dar sentido a tudo isso. Eles lutam para viver a sua fé e sinceramente desejam conhecer e dar a conhecer a glória do Evangelho de Deus para os seus vizinhos sofredores. A América está mudando, mas também o cristianismo na América.

O cristianismo na América está mudando, sendo mais cultural em vez de ser autêntico. Nos próximos dias, vamos ver a questão do “casamento” gay aumentar só porque seu objetivo não é apenas dominar as manchetes e empurrar sua agenda (intenções, objetivos), mas destruir inteiramente o casamento monogâmico e nuclear. Algumas pessoas podem se assustar quando eu disse que “o casamento gay quer destruir o casamento”, mas acho que a evidência é esmagadora. Quando o “casamento” gay é colocado em efeito, a evidência parece sugerir que os “casais” gays  não permanecem “casados”. Por que as pessoas pressionam uma ideologia nos tribunais e na praça pública não seguem com o que acreditam? Qual é sua agenda aqui? Eu acredito que é destruir completamente o casamento e redefini-lo como outra coisa. A agenda do “casamento” gay não se restringe apenas a América. Países como a Nova Zelândia já legalizaram o “casamento” gay e muitos outros países também legalizaram o “casamento” gay ou estão no caminho para fazê-lo. Esta não é uma tendência que estamos vendo, mas sim uma mudança radical dos valores divinos que outrora foram valorizados e tidos na mais alta estima. O que estamos vendo é a face sempre mutante e evoluindo de uma nação e um mundo que rejeita e despreza o Deus da Bíblia que criou o homem à Sua imagem e semelhança e que estabeleceu a instituição do casamento. Além disso, uma vez que o apóstolo Paulo diz que o casamento é para ser um reflexo de Cristo e da Igreja, isto torna o ataque ao casamento um ataque direto sobre o caráter de Deus e Sua glória.

A verdadeira questão que tudo isso levanta é “os cristãos devem apoiar o ‘casamento’ gay e vê-lo como ‘direitos iguais’ para aqueles que acreditam nele?” O argumento é que todos devem ter direitos iguais, porque não ter direitos iguais para todos é a falta de “tolerância”. Enquanto nossa cultura secular acusa os cristãos de hipocrisia e de serem “antiquados”, mesmo nos dizendo que estamos “pregando para eles”, na verdade eles estão realmente fazendo a mesma coisa. Vamos ser claros aqui. Aqueles que apoiam o “casamento” gay têm uma agenda e essa agenda (motivações, intenções, objetivos) é acabar com os valores tradicionais da família e expor seus próprios valores como “normais”. Nós já vemos esta normalização ocorrendo em nossa sociedade, com o grande aumento de programas de TV, filmes e muito mais mostrando o “casamento” gay como normal. O caso em questão é o show da NBC chamado “The New Normal”, que mostra dois homens gays criando um filho. Se alguma coisa na última década mudou, é a ostentação pura e simples do “casamento” gay como normal em nossos meios de comunicação de massa. De fato, vivemos em tempos mutantes, que vai nos desafiar não apenas para a mudança cultural, mas sim para a renovação do Evangelho em nossa nação.

A batalha cultural está mudando à medida que nossa nação muda. Enquanto nossa nação está se apaixonando mais e mais consigo todos os dias, os cristãos são chamados a se levantar e ser sal e luz para o nosso mundo. Os cristãos são chamados a ser santos, para falar a verdade em amor, e fazê-lo tendo em vista a fidelidade ao senhorio de Jesus Cristo em todas as áreas da vida. A questão sobre quem tem “direitos” e se eles são iguais ou não na verdade não é a questão.  A verdadeira pergunta que devemos fazer é quem é a autoridade máxima. Todos queremos apelar aos nossos direitos e as nossas próprias opiniões, mas eles são como o escritor de Eclesiastes que diz que tudo isso é “vaidade” e correr atrás do vento. Muitos dos que apoiam o “casamento” gay tentam manipular a Bíblia para convencer cristãos bíblicos da justeza da sua decisão de ser gays. No entanto, ao falsear a Bíblia para provar a sua posição, pregando uma mensagem que a Bíblia não suporta, demonstram que não têm temor a Deus e estão, na verdade, em rebelião contra Deus e Sua Palavra. A batalha cultural está mudando e é necessário agora, mais do que nunca, uma renovação centrada não sobre as opiniões humanas, mas na Palavra de Deus, na Igreja e no Evangelho do Senhor Jesus. Muitas pessoas estão defendendo que a batalha cultural acabou, mas a verdade é que a batalha ainda não acabou e os cristãos devem permanecer na Palavra e proclamar a sua verdade e tudo o mais na fidelidade a Deus.

A fidelidade a Deus e à Sua Palavra é o que vai nos dirigir nessas épocas em que vivemos. A fidelidade não é uma palavra popular. Muitas pessoas pensam que se eu sou “fiel”, meu ministério e minha vida irá bem e tudo será fantástico. Eles cantam “tudo está bem”, e acham que tudo está realmente bem, apesar de ter lutas e questões em suas vidas que eles não têm nenhuma intenção em lidar. Nem tudo está bem em nossas vidas e, enquanto cada um de nós quer cantar essa canção de todo nosso coração, lutamos para acreditar. A vida é confusa e difícil e Jesus nunca prometeu que o cristianismo seria uma vida confortável e livre de mazelas e problemas, mas sim uma vida de tomar a sua cruz e segui-lo para a glória de Deus. A fidelidade é o que é necessário nesta época e momento. Mais do que qualquer coisa em um país e um mundo que está mudando, a fidelidade ao Criador, que nos criou à Sua imagem e semelhança, a fidelidade ao seu cônjuge e fidelidade ao Evangelho, são cada vez mais contraculturais e vistas como “estranhas”. Como o nosso mundo continua a se degradar, rogo-lhes amados de Deus, a serem fiéis à Palavra de Deus, o Evangelho, a seus cônjuges e que o nosso mundo possa ver uma imagem de Cristo e da glória e da graça que nos salvou, santificando-nos e um dia irá nos glorificar.

Fonte: http://www.christianapologeticsalliance.com/2013/08/31/gay-marriage-and-america-the-changing-face-of-a-nation/
Tradução: Emerson de Oliveira

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