Alex O’Connor desafia John Lennox com a evolução — e a resposta surpreende
No vídeo recente que repercutiu no YouTube, o ateu Alex O’Connor questiona o renomado matemático cristão John Lennox sobre um tema espinhoso: a evolução desafia a cosmovisão cristã? A resposta de Lennox não apenas surpreende, como também revela argumentos profundos e bem fundamentados.
John Lennox inicia reconhecendo que o darwinismo foi usado como motor do ateísmo. Segundo ele, muitos assumiram que, se a evolução é verdadeira, então Deus é desnecessário. No entanto, ele ressalta: “Antes de usar a evolução contra Deus, é preciso primeiro provar que a evolução é verdadeira — e definir o que ela realmente explica”.
Lennox destaca que há uma diferença crucial entre a evolução e a origem da vida. A teoria da evolução pressupõe vida para agir, portanto, não pode explicar como a vida surgiu. Isso é muitas vezes ignorado por defensores do naturalismo. “Sem vida, não há mutação nem seleção natural”, enfatiza o matemático.
Outro ponto levantado é que a evolução não refuta a existência de um Criador, da mesma forma que um relógio automático não exclui a existência de um relojoeiro inteligente. Para Lennox, Deus pode muito bem usar mecanismos naturais para realizar Seus propósitos, inclusive a adaptação das espécies.
Lennox também menciona o trabalho do biólogo Dennis Noble, de Oxford, que questiona seriamente a suficiência da teoria neodarwinista. Segundo Noble, as descobertas da biologia sistêmica mostram que a seleção natural e a mutação são mecanismos inadequados para explicar toda a complexidade biológica.
Um exemplo citado por Lennox é o DNA. Ele lembra que não é apenas complexo, mas linguisticamente complexo, contendo informações codificadas em uma linguagem química de bilhões de “letras” organizadas. Esse nível de ordem e propósito aponta para uma origem inteligente, argumenta.
A discussão também aborda a diferença entre microevolução e macroevolução. Lennox aceita as observações empíricas de variações, como nos bicos dos tentilhões das Ilhas Galápagos. Porém, ele ressalta que essas mudanças são cíclicas e não explicam a origem de novas formas de vida.
Quando O’Connor insiste na questão do parentesco com chimpanzés, perguntando se Lennox acredita que ambos compartilham um ancestral comum, o matemático afirma que há razões para duvidar, embora reconheça que o debate ainda é dividido entre especialistas.
Ao final, John Lennox deixa claro: a ciência não elimina Deus. Pelo contrário, quanto mais descobrimos sobre o DNA, as células e a estrutura do universo, mais vemos indícios de uma mente criadora por trás de tudo isso.
Poderá ver o vídeo no youtube Aqui