As famílias cristãs educam os filhos como cristãos. Famílias muçulmanas têm crianças muçulmanas (ou pelo menos é melhor que sejam, ou terão sérios problemas). Se você nasceu na Índia, então você é um hindu. Se você nasceu nos Estados Unidos você é um cristão, um muçulmano na Arábia, e se está na universidade deve ser um ateu. É assim que funciona, certo? Isso é o que Richard Dawkins sugere. Ele afirma em “Deus, um delírio”:
Se você é religioso, a imensa probabilidade é de que tenha a mesma religião de seus pais. Caso tenha nascido no Arkansas e ache que o cristianismo é a verdade e o islã é a mentira, sabendo muito bem que acharia o contrário se tivesse nascido no Afeganistão, então você é vítima da doutrinação infantil.
As crenças são predominantemente determinadas pela família de origem, localização geográfica e as influências sociais? Ou devemos tomá-las ainda mais longe e adicionar um componente genético como um fator decisivo para os sistemas de crenças que formamos? Como o renomado psicólogo comportamental BF Skinner disse uma vez: “meu comportamento em um dado momento não tem sido nada mais do que o produto da minha herança genética, a minha história pessoal, e a configuração atual”.
Então você tem: localização + família + sociedade + genes = sistema de crenças. Você acha essa fórmula convincente? Não? Ela tem uma falha grave. Ele não leva em conta a capacidade do homem de escolher livremente, articular e assimilar novas informações.
Estou cansado de argumentos neste sentido. Isso é só uma simplista falácia genética. Quando Dawkins faz uma declaração como esta ele supõe que ela se aplica a crenças de todos, menos a sua própria. Ele acredita que a cosmovisão cristã é inválida e ilógica porque passa a ser a mesma que seus pais, ou porque estava isolada a uma determinada região geográfica. O ateu também tem os mesmos fatores em sua vida. A alegação de Dawkins é totalmente narcisista. As “regras” para a formação de uma visão de mundo não se aplicam a ele. Ele se convence de que é capaz de pensar de forma convincente sobre as grandes questões da vida, enquanto as outras pessoas não. Eles simplesmente engolem o que eles são alimentados pelo mundo.
Pode se admitir uma série de fatores que contribuem para a formação do próprio sistema de crenças. No entanto, as crenças de uma pessoa são ajustadas ao longo do tempo à medida que novas ideias e informações se tornam disponíveis. Há momentos onde há reflexões, onde se sente a necessidade de examinar o que se foi ensinado, para ver quais fatos estão em conformidade com a realidade. Alguns param neste aspecto do desenvolvimento e optam por se manter sem pensar no que lhes foi ensinado, mas a grande maioria está disposta a lidar com as difíceis questões.
Eu nasci como filho de um ministro protestante no centro do cinturão da Bíblia nos Estados Unidos. No entanto, no início da adolescência comecei a questionar tudo o que eu tinha sido ensinado. Examinei os sistemas de crenças concorrentes e descobri que o cristianismo oferecia as respostas mais sólidas em responder às grandes questões. Esta época de questionar minhas crenças foi grandemente intensificada na faculdade. Minha experiência é não é diferente de outras pessoas. Vemos pessoas se convertendo de uma religião para outra o tempo todo. Por quê? Porque elas questionaram o que lhes foi ensinado. Devemos também mencionar que vemos ateus e céticos que se tornam teístas. Por quê? Porque eles examinaram novas informações e se ajustaram ao que acreditavam estar em conformidade com os fatos.
As pessoas não são autômatas. Temos a capacidade de escolher, crescer, compreender e aprender. Temos sido dotado com a capacidade de pensar logicamente. Como Deus declara em Isaías 1,18, “Vinde, pois, e resolvamos as questões entre nós”. Ele não quer que engulamos cegamente um monte de ensinamentos e doutrinas. Ele nos convida a nos aprofundar nas muitas questões difíceis diante dEle.
Ande bem. Viva sabiamente. Seja abençoado.
Josh
Fonte: http://joshfults.com/2012/11/28/apologetic-wednesday-are-beliefs-the-result-of-where-one-is-born/
Tradução: Emerson de Oliveira