Arqueólogos da Universidade Sapienza de Roma, liderados pela professora Francesca Romana Stasolla, descobriram evidências de um jardim de aproximadamente 2.000 anos sob a Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém. A análise de sementes e pólen revelou a presença de oliveiras e videiras, corroborando o relato do Evangelho de João 19:41: “Ora, no lugar onde ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim, um sepulcro novo, em que ninguém ainda havia sido posto” .
A escavação faz parte de um projeto de restauração iniciado em 2019, sendo a primeira intervenção arqueológica em grande escala no local em quase dois séculos . Os achados indicam que, após o uso como pedreira, a área foi transformada em espaço agrícola e, posteriormente, em local de sepultamento. Foram encontrados também artefatos como cerâmicas, metais e vidros, além de moedas do período do imperador romano Valens (364–378), evidenciando a ocupação contínua do local desde a Idade do Ferro
A Igreja do Santo Sepulcro, considerada o local da crucificação, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo, foi originalmente construída no século IV e reconstruída pelos cruzados após sua destruição em 1009. As escavações revelaram estruturas de diferentes períodos históricos, incluindo uma cisterna medieval e pisos de mármore reutilizados de construções romanas .
Segundo a professora Stasolla, os trabalhos ainda estão em andamento e prometem revelar “muitas surpresas”, oferecendo novas perspectivas sobre a história de Jerusalém e a fé cristã .
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