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A mecânica quântica refuta Deus?

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E fica ainda pior. Além disso, um Deus onipresente e onisciente, como se estivesse conectado em sua criação como sua criação está conectada a Ele, deve ser capaz de observar tudo. Sabemos pela mecânica quântica que a observação colapsa a função de onda de fótons, levando a nenhuma superposição. Mas sabemos que superposição existe. Portanto, este Deus com esses atributos não pode existir.

Como falo português e não matemática eu não tendo a evitar ser prolixo sobre mecânica quântica. Este assunto perde sua precisão quando traduzido para o português, e não sou simplesmente fluente em matemática. Mas vou rapidamente resolver o seu ponto, a fim de mostrar como ele não consegue atingir os fins a que você colocou.

Primeiro, não “sabemos” se a função de onda entra em colapso, muito menos devido à observação. Apesar de que isso é consistente com a familiar interpretação da da mecânica quântica de Copenhague, não figura na interpretação de muitos mundos, por exemplo, nem na teoria de Broglie-Bohm (na qual nunca o universal da função de onda colapsa, apenas a função de onda condicional de um subsistema e é estritamente um epifenômeno) e assim por diante. Como tal, a menos que você não esteja familiarizado com a epistemologia, o que é possível, é hipócrita você fingir que “sabemos” algo que é teórico, especialmente quando não existe em teorias concorrentes.

Segundo, mesmo que se aceitasse a interpretação de Copenhague, o efeito do observador na mecânica quântica é baseado no “observador” ser constituído de matéria, mesmo que seja apenas um único elétron. Assim, o Deus das Escrituras não representa necessariamente o problema que o argumento da citação no início do post tentou construir, pois Ele é transcendente e imaterial.

Fonte: http://aristophrenium.com/
Tradução: Carl Spitzweg

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