
5 Desenhos Animados que Especialistas Dizem para Evitar (e o Que Oferecer no Lugar)
Você já parou para pensar no que seu filho realmente absorve enquanto assiste desenhos animados?
Muitos pais acreditam que qualquer programa infantil é inofensivo — afinal, é “entretenimento para crianças”, certo?
Errado.
Estudos da American Academy of Pediatrics (AAP) e pesquisas em neurociência infantil mostram que certos desenhos podem impactar negativamente o desenvolvimento emocional, cognitivo e comportamental das crianças.
Alguns até promovem agressividade, ansiedade, distorção de valores e vícios em telas — tudo disfarçado de “diversão inofensiva”.
Neste artigo, você vai descobrir 5 desenhos animados que especialistas em educação e psicologia infantil recomendam evitar, os motivos científicos por trás dessa recomendação, e — o mais importante — alternativas saudáveis, criativas e educativas para substituí-los.
Por Que Alguns Desenhos São Perigosos para Crianças?
A mente da criança, especialmente até os 8 anos, é como uma esponja. Ela absorve comportamentos, padrões de linguagem, relações sociais e valores morais diretamente do que vê.
Segundo o Dr. Dimitri Christakis, pesquisador da Universidade de Washington e especialista em mídia infantil:
“A exposição a conteúdos com ritmo acelerado, violência implícita ou humor baseado em humilhação pode alterar o desenvolvimento da atenção, empatia e regulação emocional.”
Além disso, muitos desenhos modernos:
- Têm ritmo extremamente acelerado (mudança de cena a cada 2 segundos)
- Promovem conflitos resolvidos com gritos, trapaças ou agressão
- Incentivam o consumo desenfreado de brinquedos
- Apresentam personagens sem profundidade emocional ou moral
E o pior: muitos desses desenhos são os mais populares entre as crianças.
Vamos aos 5 que você precisa repensar.
1. Peppa Pig – O Sarcasmo como Humor Infantil
O que parece ser: Uma família de porquinhos vivendo aventuras simples e divertidas.
O que realmente é: Um universo onde o sarcasmo, o desrespeito e a desobediência são normalizados.
Peppa Pig ri do irmão, zomba dos amigos, desobedece os pais e nunca enfrenta consequências reais por seus atos.
Problemas:
- Normaliza o desprezo pelos irmãos e colegas
- Ensina que fazer piada com os outros é engraçado
- Não mostra resolução de conflitos com empatia
Substitua por:
“Daniel Tigre” (Daniel Tiger’s Neighborhood)
Desenvolvido com base na psicologia infantil, ensina inteligência emocional, respeito e resolução pacífica de conflitos.
2. Caillou – A Birra como Estratégia
O que parece ser: Um menino de 4 anos aprendendo sobre o mundo.
O que realmente é: Um personagem que chora, grita e faz birra sempre que não consegue o que quer — e, no final, seus pais cedem.
Caillou é o retrato de uma criança mimada, sem autocontrole, e o pior: seus pais nunca impõem limites.
Problemas:
- Ensina que birra funciona
- Não desenvolve resiliência ou paciência
- Pode gerar comportamentos desafiadores em casa
Substitua por:
“Bluey”
Mostra uma família amorosa, jogos criativos e aprendizado emocional de forma natural e divertida.
3. Masha e o Urso – Perigo Disfarçado de Brincadeira
O que parece ser: Uma menina fofa e um urso paciente vivendo aventuras.
O que realmente é: Uma criança que desobedece, se coloca em perigo e causa acidentes — enquanto o adulto paga o pato.
Masha ignora todos os avisos, entra em situações de risco extremo e nunca aprende com os erros.
Problemas:
- Normaliza a desobediência a figuras de autoridade
- Mostra que ações perigosas não têm consequências graves
- Pode influenciar crianças a imitar comportamentos arriscados
Substitua por:
“Arthur”
Um clássico que aborda temas reais como diversidade, inclusão, bullying e empatia — tudo com maturidade e sensibilidade.
4. Cocomelon – Estímulo Excessivo e Atenção Rasa
O que parece ser: Um canal educativo com músicas e letras simples.
O que realmente é: Uma sobrecarga sensorial com cenas rápidas, repetitivas e sons altos que saturam o cérebro infantil.
Crianças ficam hipnotizadas, imóveis, com olhar fixo na tela — um estado semelhante a um transe.
Problemas:
- Pode reduzir a capacidade de foco e concentração
- Estimula o vício em telas desde cedo
- Não promove interação, criatividade ou pensamento crítico
Substitua por:
“O Show da Luna!”
Estimula a curiosidade científica, o respeito à natureza e o aprendizado lúdico — sem ritmo acelerado.
5. Pocoyo – O Egoísmo como Aventura
O que parece ser: Um desenho minimalista e divertido para bebês.
O que realmente é: Um menino que ignora os amigos, age por impulso e não considera os sentimentos alheios.
Pocoyo é o centro do mundo — e todos existem para entretê-lo.
Problemas:
- Não ensina empatia ou cooperação
- Apresenta relações sociais rasas
- Pode influenciar o desenvolvimento de traços egocêntricos
Substitua por:
“Peppa Porquinho” (com supervisão)
Mostra rotinas familiares saudáveis, respeito aos pais e soluções simples para problemas do dia a dia.
O Que a Criança Aprende Enquanto Assiste TV?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças de 2 a 5 anos não devem passar mais de 1 hora por dia com telas, e o conteúdo deve ser educativo, lento e sem anúncios.
Aqui está o que um bom desenho deve promover:
3 Dicas para Escolher Desenhos Seguros
- Verifique a classificação indicativa – Mas não confie só nela. Leia resenhas de especialistas.
- Assista junto com seu filho – Comente o que está acontecendo: “Será que foi certo o que ele fez?”
- Troque a TV por atividades criativas – Livros, jogos, arte e natureza são sempre melhores.
Conclusão: Eduque com Consciência, Não com Distração
Desenhos animados não são o inimigo. O problema é deixar a televisão educar no seu lugar.
Como pais, nossa missão não é apenas proteger, mas guiar com consciência o que entra na mente das nossas crianças.
Evitar certos conteúdos não é censura.
É amor. É responsabilidade. É proteção real.
“Você não escolhe o que seu filho assiste. Você escolhe o que ele aprende.”
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