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Em artigos anteriores, foram apresentados alguns problemas da igreja cristã. Problemas estes que já haviam sido abordados por Paulo no Novo Testamento e pelo grande pregador e teólogo Charles Spurgeon, mais recentemente. Paulo afirmava que a igreja passaria momentos de dificuldade intensa, inclusive no período neotestamentário. Já Spurgeon apresentou os problemas vividos pela igreja no século passado.
Infelizmente esses problemas da igreja, tais como, liberalismo, pragmatismo, prosperidade, não ficaram no passado, são hoje tão ou mais presentes que naquelas épocas. Hoje a igreja sofre de uma enfermidade que a assola gravemente, a saber, a diluição do Evangelho, a desvalorização do sacrifício de Jesus Cristo, a banalização da teologia e uma falta de compromisso tal com as Sagradas Letras que faz com que emane do seio de igrejas heresias tais que desvirtuam o Evangelho conduzido pessoas muitas vezes honestas em sua fé, mas ignorantes na Escritura ao caminho da perdição.
A necessidade de homens e mulheres comprometidos de forma séria e inegociável com uma teologia saudável se faz absolutamente necessária. É preciso que a teologia hodierna mais do que em qualquer outra época seja submetida a parâmetros bíblicos que possam norteá-la. Não se pode admitir que a teologia seja tratada apenas como uma cadeira acadêmica, embora ela seja, mas é preciso que esta, a teologia, seja absolutamente pautada nas Sagradas Letras para que se possa para sempre permanecer na fé que uma fez foi entregue aos santos.
Para isso, ou seja, para um norte escriturístico, nada melhor do que voltar a Escritura para que esta apresente paradigmas confiáveis para um profícuo ministério não só pastoral, mas principalmente teológico fundamentado e aplicado no dia a dia do líder e fundamentalmente do teólogo.
Para tal, Paulo apresenta primeiramente a Timóteo e depois a todos aqueles comprometidos com o Evangelho genuíno alguns princípios para condução do ministério teológico, senão vejamos em II Timóteo 4: 1-5:
“Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.”
Todos os problemas supracitados que hoje assolam a igreja e que, na verdade são recorrentes de tempos idos, surgiram quem sabe, talvez, até mesmo de um desejo honesto de fazer a igreja de Cristo crescer, de se trilhar um caminho teológico e pastoral de sucesso, de ser bem sucedido tanto como igreja, quanto como pastor e quiçá como teólogo. No entanto, os parâmetros usados para mensurar esse sucesso foram padrões estabelecidos no meio secular sem que se tivesse qualquer perspectiva das Sagradas Letras, e são elas as Sagradas Letras que apresentam entre outros textos, no trecho acima citado os padrões para que se alcance um ministério tanto eclesiástico quanto teológico de sucesso. Assim, Paulo nos orienta sob alguns vieses. Vejamos!
“Conjuro-te, Pois, Diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, Que há de Julgar os Vivos e os Mortos”
O que Paulo tem em mente quando faz essa declaração á Timóteo? O que Paulo está dizendo ao seu pupilo é que ele Timóteo deveria preocupar-se com o julgamento que Jesus Cristo faria.
Paulo exorta Timóteo a não preocupar-se com os julgamentos dos homens ou da sociedade da qual ele fazia parte. O que de fato importa para o ministério teológico não é o quanto o teólogo ou o pensador de teologia agrada a sociedade e aqueles que emitem julgamentos terrenos. Paulo chama a atenção de Timóteo e a nossa atenção para o chamado que foi feito por parte do Salvador.
É preciso lembrar-se disso, da seriedade que é lidar com coisas espirituais e teológicas porque elas influenciam vidas e decidem caminhos. Timóteo e todos aqueles que se importam com a sã doutrina devem se importar com que Deus pensa a respeito da sua vida, do seu ministério e da sua teologia, o que importa mesmo como Deus vê, e não como homens possam avaliar.
O teólogo sério deve se importar em agradar a Deus em sua vida e ministério, “E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá.” Lucas 12:48. É imperioso que o líder eclesiástico seja um bom teólogo com uma teologia saudável e que sempre se recorde que muito lhe foi confiado e que por isso sua responsabilidade é imensa.
“Que Pregues a Palavra”
O que se espera de um bom teólogo? Que ele tenha e que faça uma boa teologia?
Correto, mas não só isso. É preciso que se compreenda que fazer e ter uma boa teologia tem que necessariamente atender alguns pressupostos básicos dentre eles está pregar a Palavra. Não se pode fazer teologia sem pregar a palavra, porque isso é o centro de qualquer proposta teológica. Contudo, pregar a palavra nem sempre é fácil ou tranquilo.
A mensagem que um teólogo ou líder sério se propõe a pregar é ofensiva. Jesus Cristo mesmo é uma pedra de tropeço e rocha de escândalo (Rm.9:33. I Pd.2:8), a mensagem da cruz é muitas pedra de tropeço para alguns (I Co.1:23; Gl.5:11) e escândalo para outros (I Co.1:23). Paulo encoraja a Timóteo e aos fiéis de hoje para que, assim como ele, não se envergonhem do Evangelho (Rm.1:16; II Tm.2:18).
Pregar a Palavra muitas faz do pregador e do teólogo sério alvo de chacotas, desprezos, perseguições, mas nem mesmo isso deve ser motivo para deixar de pregar a Palavra.
Mas que Palavra deve ser pregada? Hoje o que se vê são muitas “palavras” pregadas, mas pouca Palavra que pode tornar alguém sábio para salvação pela fé em Jesus Cristo. Assim a Palavra a ser pregada é tão somente toda a Escritura porque “toda a escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para correção, para educação na justiça” (II Tm.3:16).
A Palavra a ser pregada é toda a Escritura, não somente as promessas, os benefícios, mas as exigências, os comprometimentos, as exortações, as disciplinas, as repreensões, pregar todo o desígnio de Deus e não somente o que for conveniente ou rentável.
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”. 1 Coríntios 2:1-2.
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Em outras palavras o objetivo do apóstolo não era entretenimento ou diversão para o povo e nem tão pouco a aplicação de sabedoria e filosofia humana, de metodologia humana, de pressupostos humanos, a síntese do ministério teológico deve ser anunciar: “que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15:3-5).
“Instes a Tempo e Fora de Tempo”
Aqui, agora é preciso que sejamos honestos, pregar a palavra nos dias de hoje é como diria minha avó “demodê”, ou “brega”. Pregar a Palavra hoje não é oportuno, não é social, é muitas vezes até discriminatório segundo alguns. Não é atoa que a humanidade vem sofrendo agruras, vem experimentando a ira de Deus, à medida que ele vem entregando tais pessoas às consequências de suas escolhas pecaminosas (Rm.1:24,26,28), a humanidade vem sofrendo a merecida disciplina por conduta a revelia de Deus (Rm.1:27).
Por mais triste que possa parecer o declínio da pregação da Palavra é, sem sombra de dúvida, um fator que em muito tem contribuído para que a humanidade se encontre neste estado lastimável.
Com relação ao abandono da pregação séria em qualquer tempo e em qualquer circunstância Martyn Lloyd-Jones disse: “o fato de a igreja afastar-se da pregação é o responsável, em grande medida, pelo estado da sociedade moderna… A igreja, havendo abandonado a sua verdadeira tarefa, tem abandonado a humanidade mais ou menos entregue aos seus próprios recursos”.
Nossos dias são excelentes para mensagens fracas, dissolvidas em perspectivas de autoajuda, de valorização do ego; mensagens desprovidas de qualquer senso de compromisso com a verdade teológica escriturística.
Pregar a Palavra tal como aconselhado por Paulo requer coragem, ousadia e intrepidez e destemor de qualquer tipo de retaliação ou desprestigio que se possa sofrer. Para que isso ocorra é preciso levar a cabo o que o apóstolo Paulo disse, quando ele usa o termo insta que em grego tem o significado básico, primário e literal de “estar ao lado” traz a ideia estar “sempre de prontidão”; e era isso, nada menos que isso, que Paulo esperava de Timóteo que este estivesse sempre pronto para pregar, em qualquer lugar, a qualquer hora, a quem quer que fosse.
E é isso que se espera de um teólogo sério, e um líder eclesiástico que prima pela sã doutrina.
Permaneça fiel: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”. Que relação pode haver entre este extrato do texto de Timóteo com um ministério teológico saudável.
Ora, a palavra doutores no texto poderia muito bem ser substituída por teólogos. O que Paulo adverte a Timóteo é justamente acerca da necessidade de permanecer fiel, sem comprometer com novas filosofias e desejos de homens e tradições, nem mesmo com modernismos. Essa admoestação de Paulo á Timóteo é recorrente, ela foi apresentada em outros textos e conforme alguns ela até mesmo segue uma ordem: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis”. (II Tm.3:1); “O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios”. (I Tm.4:1).
Mas agora o problema é no seio da igreja, não só haverá tempos difíceis não só alguns apostatarão da fé, mas no cerne da igreja com coceiras nos ouvidos deixarão de lado a sã doutrina e buscarão para si doutores (ou teólogos) que lhes digam o que querem ouvir, que lhes acarinhe, que lhes digam que está tudo bem, que não há problema em ser como quaisquer outros que não sabem o valor do sacrifício de Jesus. “O objetivo desta instrução é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. Alguns se desviaram dessas coisas, voltando-se para discussões inúteis, querendo ser mestres da lei, quando não compreendem nem o que dizem nem as coisas acerca das quais fazem afirmações tão categóricas” (1 Tm 1:5-7).
Mas porque as pessoas rejeitam a sã doutrina? Simples, porque estão comprometidas com o pecado, com o modo de viver do presente século. Porque os padrões de conduta da sociedade em nada refletem valores morais, éticos e espirituais; são pautados em condutas dilaceradas pelo pecado.
“Sabemos que a lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada. Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os sequestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina.” (1 Timóteo 1:8-11).
Infelizmente a sociedade está repleta de caráteres supracitados e os tais jamais irão suportar a sã doutrina. E em razão disso, a teologia bem como a pregação tem deixado a desejar, visto que a sociedade e infelizmente muitas igrejas já não toleram a sã doutrina é preciso então “reinventá-la” para que possa ser aceita.
A esta altura a igreja e a teologia mantém uma relação afetuosa com revelações extra bíblicas, manifestas nas mais variadas formas, desde profecias, visões, sonhos, até embustes de cura e manifestações divinas com epifanias malucas.
Teólogos de hoje, mais do que em qualquer outra época é preciso que não vos conformeis com este século e com seus padrões, lembremo-nos do evangelista João: “Daquela hora em diante, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e deixaram de segui-lo. Jesus perguntou aos Doze: “Vocês também não querem ir? “Simão Pedro lhe respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus” (João 6:66-70).
É mister que teólogos e líderes sejam incorruptíveis em suas teologias e que permaneçam fiéis a sã doutrina.
Que o Santo de Deus nos ajude e tenha misericórdia de cada um dos que enveredam pelo caminho da teologia, dando-lhe a compressão necessária e inequívoca da necessidade de “… antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês” (1 Pedro 3:15).
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