A ateísta Natalia Rossi escreveu o texto “Provando que o cristianismo e falso”e alegou:
Poderíamos imaginar duas culturas separadas pelo espaço e o tempo, totalmente isoladas uma de outra, chegarem as mesmas conclusões, matemáticas, físicas ,químicas ou astronômicas? a resposta e um retumbante sim!! Ate porque isto já aconteceu. Poderiam estas mesmas culturas, de forma independente, concluir de forma logica, toda a historia bíblica, ou de qualquer outra religião ? a resposta e não. Só existe uma maneira de se chegar ao conhecimento religioso, esta e , através da doutrinação, alguém tem que contar uma historia a outro, e convence-lo de que esta historia e verdadeira , e quem esta contando a historia, a recebeu de outro , e assim sucessivamente. Mas até onde vai esta regressão ? pois ate que alguém tenha recebido esta crença mediante uma revelação divina ou sobrenatural. Em todas as religiões, este e um denominador comum, deus não se revela a todos, mas a uns poucos escolhidos.
No caso do cristianismo, e as outras duas religiões monoteístas de expressão, esta revelação se deu a Abraão. E incontestável a hipótese de que todo o fundamento destas religiões ,baseia-se na premissa, de ser verdadeiro o relato de Abraão, caso contrário todas elas ruiriam, implodiriam sobre sim. Fazendo um raciocínio rápido, podemos afirmar, que o gênesis desta história, pode ter no mínimo 3 opções , a) Abraão, recebeu uma mensagem de deus b) e produto de um homem esquizofrênico, c) e produto de um homem mal intencionado e embusteiro. Sendo totalmente condescendente e tendenciosa em favor da hipótese sobrenatural, e atribuindo a ela, o mesmo índice de probabilidade, das outras duas hipóteses (infinitamente mais plausíveis) , chegamos a conclusão, de que existe no mínimo 66% de chances, das 3 maiores religiões do mundo ter sua genealogia fundamentada num erro, e não há nada no cominho desde Abraão até nossos dias, que poderia retificar o cristianismo se concluirmos que este fato gerador foi um erro.
Se ainda, condimentássemos esta esperança matemática, com ingredientes como , não existirem livros originais, de inúmeras passagens dos livros sagrados serem reconhecidamente falsas ou adulteradas, com as inúmeras incongruências e desencontros das passagens ,que nem a mais tendenciosa hermenêutica consegue conciliar, chegaremos a uma a um número tão inexpressivo , que poderíamos sem medo algum , afirmar que o cristianismo e comprovadamente falso.
Resposta: Bom, ela conclui que o cristianismo é falso (ou provavelmente falso, o que seria mais modesto a se fazer) baseando nas seguintes premissas:
P1 – Todas as religiões monoteístas (vou incluir apenas as monoteístas) em ultima instância são originadas de uma suposta revelação divina.
P2 – A revelação divina acontece com poucas pessoas ou apenas uma.
P3 – A confiabilidade da revelação divina é baixa, pois existem outras opções mais plausíveis para acreditarmos que quem as recebeu pode ter outras intenções ou algum problema mental.
P4 – Além de (P3) temos também razões para enfraquecer os relatos que são descritos como “revelação divina”.
C – Portanto, todas as religiões monoteístas (em especial o cristianismo) são provavelmente falsas.
P1: é apenas um dado a se aceitar.
P2: não enfraquece a revelação divina e nem torna ela improvável de ser real.
P3: Aqui está seu maior erro. Determinar que uma opção tem confiabilidade baixa apenas por apresentar um caráter diferenciado é totalmente subjetivo. Se todas as alternativas são de caráter “logicamente possíveis”, então você deve suspender seu juízo. Ou então provar que a opção com caráter de confiabilidade baixa é impossível logicamente. O que você não fez. Apenas usou a sua subjetividade.
P4: Não é forte porque existem também razões para solidificar os relatos.
Portanto, seu argumento, baseado em premissas falaciosas, não pode ser considerado um bom argumento.
Ela equiparou informações concebidas por meio da razão com outras por meio da revelação. A primeira pode ser concebida por todos, pois apenas seria necessário pôr em exercício a racionalidade. A segunda não depende do próprio individuo (como no primeiro). Revelação divina envolve relação entre dois entes: Deus e o homem. Portanto, ela é condicional.
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