O assassinato do Beato Miguel Pro: um uso exclusivo de imagens gráficas

 

Sempre que vamos para as ruas para uma campanha do“Face the Truth” , podemos ver pessoas protestando contra nossas fortes imagens gráficas do aborto em praça pública, alegando que estamos fazendo mais mal do que bem. Esta é uma acusação que já ouvimos muitas vezes que denunciamos como umas das mais objeções mais comuns que ouvimos.

Na nossa resposta a este argumento frequentemente levantado, claramente fazemos a observação de que ao longo da história moderna, qualquer número de movimentos de reforma social de sucesso – do movimento para aprovar leis de trabalho infantil ao movimento dos direitos civis – têm utilizado imagens perturbadoras que retratam vítimas de maus tratos e violência , e que o apoio público para as reformas desses movimentos não poderia ter sido atraído sem publicamente mostrar imagens gráficas das vítimas.

Colocar um rosto humano sobre as vítimas

A intenção por trás exibição de imagens gráficas de aborto é a mesma, é claro, pois coloca um rosto humano sobre as vítimas do que é, para demasiadas pessoas, apenas um conceito teórico ou questão política.

Lewis Hine acreditava que era necessário mostrar vítimas da crueldade da indústria de trabalho infantil, e Mamie Till acreditava que era necessário ter um funeral com caixão aberto para seu filho Emmett depois que ele foi brutalmente assassinado por racistas violentos.

Nós exibimos imagens gráficas de bebês abortados pela mesma razão: porque elas funcionam. Isto é, aos olhos do espectador, as imagens levantam a simpatia pelas vítimas da injustiça.

No caso dos movimentos de reforma que empregaram o uso de imagens gráficas tiveram êxito em efetuar a mudança social, talvez é preciso dizer que uma coisa em comum com essas pessoas que participam desses movimentos são os membros dos próprios movimentos que inicialmente procuram disseminá-las.

No entanto, um movimento intimamente associado a um dos mártires cuja festa a Igreja Católica celebra prevê uma excepção a esta regra.

Imagens gráficas do Beato Miguel Pro, S.J.

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Durante os anos 1920, o México foi governado pelo virulentamente anti-católico presidente Plutarco Calles, que começou o que Graham Greene chamou de “feroz perseguição da religião em qualquer lugar desde o reinado de Elizabeth.” Os Cristeros se destacaram entre muitos grupos católicos que se opuseram vigorosamente contra Calles, cuja história é descrita no filme Para a Maior Glória.

Um dos mais bem conhecidos cristeros, o beato Miguel Pro, S.J., foi falsamente implicado numa tentativa de assassinato contra o ex-presidente do México, Álvaro Obregón, em novembro de 1927, que deu ao regime Calles o pretexto para encomendar sua morte.

O pe. Pro foi para a sua execução em 23 de novembro de 1927. Antes que opelotão de fuzilamento fosse condenado a atirar, o Pe. Pro levantou os braços em cruz e gritou o grito dos Cristeros, Viva Cristo Rei!” (“Viva Cristo Rei!”) Após os primeiros tiros do pelotão de fuzilamento não conseguirem matá-lo, um soldado atirou à queima-roupa na cabeça.

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Calles, buscando intimidar outros cristeros com sua apresentação, ordenou que a execução fosse fotografada e jornais de todo o México publicassem fotos do padre executado em sua primeira página no dia seguinte.

Mas o plano de Calles “saiu pela culatra”. Em vez disso, as imagens do assassinato do padre Pro trouxeram mais alento aos Cristeros para enfrentar seu regime opressivo.

Imagens gráficas funcionam, independentemente das intenções daqueles que as exibem

Este exemplo de uma exposição pública de imagens gráficas da violência é único nisto o ato inicial de expor as imagens foi feito pelos próprios perpetradores, e não pelos concordantes das vítimas. Ainda que o ato da exposição delas ainda desempenhasse um papel principal em combater as injustiças cometidas pelos perpetradores, comprovou-se que não importam quais sejam as motivações que estão por trás daquele que está expondo imagens gráficas de violência e injustiça, o seu efeito é sempre o mesmo.

O diretor da Liga Nacional, Joe Scheidler, muitas relembrou que ver uma foto de um bebê abortado antes de 1972 — somente alguns meses antes da decisão  do Tribunal Supremo do caso Roe v. Wade — foi o ímpeto para ele para se dedicar ao trabalho pró-vida em tempo integral. Ao longo dessas mesmas linhas, não posso dizer-lhe quantas vezes tivemos ouvimos pessoas comentarem sobre as nossas imagens expostas em nossas campanhas: “não tinha nenhuma ideia do era o aborto até ver os seus posteres.”

Por causa da evidência esmagadora de que as imagens gráficas trazem simpatia pelas vítimas de injustiça aos olhos do público, certamente podemos estar confiantes de seu valor inestimável na luta contra o aborto.

Fonte: http://prolifeaction.org/
Tradução: Emerson de Oliveira

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