Notas sobre a King James Version

[N. do T.: Tome como referência a King James em língua portuguesa a Almeira Corrigida e Fiel, da Sociedade Trinitariana do Brasil]

Notas introdutórias:
Este esboço é projetado para refutar a visão que a idéia é que a King James Version (KJV) é a única Bíblia moderna na Terra e 100% precisa e livre de erro.
1.Primeiro, queremos dizer que KJV é uma tradução EXCELENTE, mas não a ÚNICA tradução excelente.
2. Em mais de 90 por cento do Novo Testamento, as leituras são idênticas palavra-por-palavra, apesar da família. Do que permanece dez por cento, a MAIORIA das diferenças entre os textos é bastante irrelevante, como chamar o Senhor “Cristo Jesus”“ em vez de “Jesus Cristo” ou colocar a palavra “o” antes de um substantivo. Menos de dois por cento alteraria significativamente o significado de uma passagem, e NENHUM deles contradiria ou alteraria quaisquer dos pontos básicos da doutrina cristã. O que nós temos, então, é uma disputa que concerne menos que meio por cento da Bíblia. Os outros 99.5% todos nós concordamos.
3.Já que há mais de 14.000 cópias manuscritas do NT  podemos ser absolutamente confiantes de sua precisão. Com este grande número de manuscritos, comparar os manuscritos revela qualquer lugar onde um escriba fez um erro ou onde há uma variante. Há aproximadamente 150.000 variantes nos manuscritos que nós temos hoje. Porém, estas variações representam só 10.000 lugares no NT (se a mesma palavra fosse mal escrita em 3.000 manuscritos, isso contaria como 3.000 variações.) Destes 10.000 lugares, tudo menos 400 são questões de ortografia totalmente aceitas, construção gramatical, ou ordem de palavras. Das variações restantes, só 50 são de significado (como dois manuscritos que omitem At. 2:37). Mas destes 50, nenhum altera um artigo de fé que não pode ser sustentado através de outras passagens. Há alguns manuscritos que datam de 130 d.C., muito perto da conclusão do NT. Estes manuscritos são quase idênticos aos que datam 900 anos depois, verificando a precisão dos escribas.
4.Os defensores da KJV somente rejeitam todas as Bíblias pós-KJV.
5.Eles acreditam que a KJV [Almeida RC e CF] não só está inspirada no idioma original, mas também no processo de tradução.
6.Esta afirmação de um processo de tradução inspirado não é feita por qualquer outra tradução de Bíblia.
7. Somente uma fração muito pequena das pessoas que usam a KJV de fato acreditam que o processo de tradução foi inspirado pelo Espírito Santo.
8.Sentimos a necessidade de classificar a KJV entre as maiores traduções da Bíblia como NASB, RSV, NKJV, ASV, NIV. Todas estas traduções são iguais em qualidade e deveriam ser usadas para estudo da Bíblia.
9.O TR foi baseado em alguns manuscritos recentes, nenhum dos quais tendo o NT inteiro e nenhum anterior ao séc. XII. Com relação ao Apocalipse, uma página perdida foi traduzida da vulgata latina para o grego. At. 9.6, embora encontrado na vulgata latina e o TR baseado nos manuscritos gregos, não é encontrado em nenhum destes. Levando em conta suas óbvias negligências, um maior número de manuscritos mais velhos e mais completos foram usados na tradução de versões posteriores (pós-1881)}(The KJV Debate: A Plea for Realism, D.A. Carson)

Prova #1: que os tradutores não estavam inspirados em seu trabalho de tradução:
1.Há mais de 8.000 construções inglesas dos manuscritos grego e hebraico que são idênticas.
2.O primeiro exemplo (Jz.19:2) mostra um lugar onde o significado do hebraico é obscuro. “Foram 4 meses” ou “um ano e quatro meses”??? Uma real diferença! Mas a estrutura do hebraico deixa isto difícil para para qualquer tradutor saber o que é. Assim eles mostram a leitura alternada e NÃO SABEM O QUE ESTÁ CORRETO!
3.Ninguém duvida que o grego e o hebraico estão inspirados. Mas se os tradutores também fossem inspirados pelo Espírito Santo, em seu trabalho de traduzir o hebraico inspirado em inglês, ELES TERIAM SIDO GUIADOS POR INSPIRAÇÃO DIVINA PARA UMA CORRETA CONSTRUÇÃO, não tendo necessidade de leitura marginal.
4.Lembre-se, embora nós mostramos só um exemplo deste primeiro tipo de leitura marginal, há mais de 8.000 que nós não mostramos!

Prova #2: que os tradutores não estavam inspirados em seu trabalho de tradução:
1.Todos concordam que há variações secundárias nas cópias do grego original e manuscritos hebraicos. Esses erros eram típicos dos copistas e de forma alguma afetam algum ponto doutrinal. Jesus prometeu que “A Escritura não pode ser quebrada” Jo.10.36 e Pedro diz que “…pela palavra de Deus, a qual vive e permanece.” IPe.1.23-25.
2.Agora os defensores da KJV SOMENTE acreditam que os tradutores foram dirigidos pelo Espírito Santo para fazer a escolha correta entre duas variações no texto grego ou hebraico.
3.Há várias leituras marginais que indicam leituras manuscritasalternadas. Isto é diferente de duas leituras inglesas de manuscritos idênticos.
4.O fato que os tradutores colocaram leituras de manuscritos alternados na margem  PROVA SEM DÚVIDA que eles NÃO FORAM GUIADOS pelo Espírito Santo sobre qual duas leituras era a correta.

OS DEFENSORES DA KJV-SOMENTE IRÃO FAZER ESSES INCRÍVEIS ARGUMENTOS:
#1: A KJV original quando saiu em 1611 não tinha nota marginal.

R.1.Isso simplesmente é fé cega!
2.Uma declaração baseada em pensamentos tendenciosos sem qualquer prova e ao contrário de todos os fatos conhecidos!
3.A primeira KJV tinha notas marginais. DÊ UMA SEGUNDA OLHADA!!!

#2: Estas notas marginais foram adicionadas pelos publicadores e não pelos inspirados tradutores.

1.Como se os publicadores tivessem o conhecimento para fazem tais juízos de manuscritos alternados.
2.Como se os tradutores tivessem silenciado o publicador para confundir os leitores depois que o Santo Espírito lhes tivesse falado qual era o autêntico.
3.Os tradutores fizeram clara referência a necessidade de notas marginais no prefácio original.
4.Clique aqui para ver por si mesmo!

#3: O original prefácio dos tradutores não foi colocado por vontade destes mas por ordem dos publicadores.

1.Como isso é ridículo, infundado e sem provas!
2.A útlima defesa de uma doutrina agonizante!

#4: O fato é que as notas marginais NÃO SÃO A PALAVRA DE DEUS, mas o TEXTO É. Os tradutores não sabiam que eles estavam sendo guiados apra traduzir. Corretamente, isto é correto. Só porque eles escreveram nas margens não siginifica que o texto não é correto!

1.Incrível!!! Imagine isto. Os tradutores da KJV dispensaram qualquer noção que tinham sido inspirados por Deus no prefácio, mas não sabiam que os que eles escreveram no prefácio estava errado. Deus estava inspiradno suas escolhas de manuscritos!
2.Irrespondível pergunta: “se os tradutores não morreram sabendo que estavam inspirados, COMO VOCÊ PODERÁ SABER?”

Perguntas para  KJV-só:
1.Qual KJV está inspirada, já que foi revisada quatro vezes, a última em 1769.
2.Que Bíblia os adoradores da KJV recomendam já que antes de 1611 não havia nenhuma Bíblia.
3. Eles percebem que o apóstolo Paulo não usou a KJV.
4.Por que os KJV-só rejeitam os apócrifos, já que a versão original de 1611continha os apócrifos?
5.Se Deus sempre deu Sua Palavra ao mundo em uma linguagem (como os defensores da KJV-só dizem do inglês), então a KJV certamente não é este idioma pois Deus escolheu o grego koine e não o inglês para revelar Sua aliança!
6.Se Deus nos deu a KJV como uma tradução inspirada, porque não repetiria este processo de novo em cada idioma?
7.Se Deus supervisionou o processo de tradução de forma que a KJV é 100% livre de erro, por que fez Deus não estendeu esta supervisão aos impressores?
8.Por que os tradutores da KJV usaram nota marginal que mostra possibilidades de tradução alternadas? Se o inglês da KJV é inspirado de Deus, não haveria nenhum substituto!
9.Se os tradutores da KJV foram inspirados de Deus em seu trabalho, por que eles não sabiam disto?
10.Por que  todas as notas marginais e leituras alternadas removidas das edições modernas da KJV, junto com os
apócrifos, a abertura da Dedicação a James I, e uma longa introdução longa de “Dos tradutores para o leitor”?
11.Quando há uma diferença entre a KJV inglesa e o TR grego, por que você acredita que o grego estava errado
e a KJV inglesa está correta?
12.Se os partidários da KJV-só acreditam completamente na inspiração de palavra-por-palavra da KJV, por que os itálicos seriam necessários?
13.Se defende o uso de idioma arcaico da KJV, você realmente pensa que é uma coisa boa uma pessoa usar um velho
dicionário inglês só para entender a Bíblia em uma leitura casual?
14.Por que os defensores da KJV-só sentem que todas as traduções modernas estão erradas por registrar o trabalho de
cada tradução quando eles registram os materiais em seus websites, áreas e livros que eles usam para promover a KJV? Eles
não percebem que depois de 100 anos todos os livros passam para o domínio público e todas as Bíblias de hoje serão logo de domínio público como a KJV? Se “a verdade de Deus não deveria ser registrada” então por que eles copiam textos para as suas defesas do Livro de Deus, a Bíblia?
15. Não seria ridículo sugerir que quando o TR discorda com a KJV, é oTR grego que tem erros, mas não a KJV?
Isto não é o último exemplo de “adoração de tradução”? (Rejeita o original em favor da tradução)
16.Você sabia que o Textus Receptus do qual a KJV foi traduzida, estava baseado em meia dúzia de manuscritos, nenhum mais antigo que o 10º século?
17.Se o Textus Receptus é o texto livre de erros, então por que faltam os últimos 6 versos do Apocalipse do TR, contudo apresenta na KJV? Você sabe que para estes versos, a Vulgata latina foi traduzida em inglês – uma tradução de uma tradução?
18.Por que os defensores da KJV-só acreditam que o inglês da KJV é mais claro e mais preciso que o grego original dos manuscritos? Por que os estudantes da Bíblia deveriam jogar fora seus dicionários gregos e comprar um “inglês arcaico”? Não há palavra mostrada no grego original que o inglês não pode mostrar facilmente? (Tg. 2:19  “tremem”; grego: PHRISSO, indica ser áspero, eriçar. É uma palavra ideal para mostrar como os demônios são tão terríveis que sua pele é áspera como penas de ganso. Também diferenças entre “agape” e “phileo”- palavras de amor)
19.Por que os tradutores cometeram enganos nos resumos de capítulos da versão de 1611? Deus não teria inspirado isto certo? Por que Deus inspiraria corretamente o inglês, entretanto permitiria resumos de capítulo enganosos? (Todo capítulo de Cântico dos Cânticos é interpretado como descritivo da igreja. Isto está errado. Cânticos é a “seleção do companheiro manual” de Deus. Também veja , Isa 22 “Ele profetizou a privação de Sebna e Eliaquim prefigurando o reino de Cristo, sua substituição”. Isto está errado e reflete a teologia incorreta da época.)
20.Os defensores da KJV-só percebem que eles estão ao lado da igreja mórmon em que ambos os grupos acreditam que há só uma “tradução inspirada”? (Os mórmons acreditam que a tradução do inglês Joseph Smith do livro dos mórmons das placas de Néfi foi feita sob inspiração.) Os KJV-só percebem que a mais poderosa e irrefutável evidência de que nenhuma tradução foi fetia sob inspiração, são as primeiras edições com seus milhares de erros? (KJV-1611 edition; BoM- 1831 edition)
22.Os defensores da KJV-só percebem que, ao mostrar que todas as traduções modernas têm os mesmos tipos de enganos que nós  acusamos a KJV, é irrelevante, porque nós mantemos que todas as traduções têm erros e nenhuma foi traduzida sob a supervisão inspirada de Deus?
23.Por que o Espírito Santo guiaria erroneamente os tradutores a empregar o uso de criaturas míticas como “unicórnio” para boi selvagem, “sátiro” para “cabra selvagem”, “cockatrice” para víbora comum, quando hoje nós sabemos hoje o nome real dessas criaturas?
24.Se a KJV é livre de erro no inglês, então por que eles não distinguem corretamente entre “diabo e demônios” (Mt 4:1-DIABOLOS e Jo. 13:2-DAIMONIZOMAI); “hades e inferno” (veja Lc 16:23-HADES e Mt 5:22-GEENNA;
Nota: Hades é diferente de inferno porque o hades será lançado no inferno depois de juízo: Ap.20:14)
25.Por que os tradutores da KJV constroem Gn. 15:6 que é citado de forma grega idêntica por Paulo em Rm. 4:3, 9, 22; ou Gl 3:6, de QUATRO MODOS DIFERENTES? Por que eles estão criando diferenças que não existem?
26.Por que os tradutores da KJV não tiveram nenhuma regra consistente para diferenciar entre o uso de artigos definidos e indefinidos? (Dn. 3:25 nós temos um “como o Filho de Deus” em vez de “como um filho de Deus”, embora em 28 mostra que Nabucodonosor disse que Deus enviou o seu “anjo” para livrar os homens. O artigo definido também foi somado à confissão do centurião em Mt 27:54.)
27.Como você aceita que o Textus Receptus é perfeito e livre de erros quando At. 9:6 só é achado na Vulgata latina mas absolutamente em nenhum manuscrito grego conhecido? Além disso, como em Ap. 22:19 a frase “livro da vida” é usada na KJV quando absolutamente TODOS os manuscritos gregos conhecidos lêem “árvore da vida”?
28.Como nós confiamos no TR ser 100% livre de erro quando a segunda metade de 1Jo. 5:8 só é achada na Vulgata latina e um manuscrito grego provavelmente escrito em Oxford em aproximadamente 1520 por um frade franciscano chamado Froy (ou Roy), que as parafraseou da vulgata latina (não estamos debatendo a doutrina da Trindade, só a validez da última metade deste verso)?
29.Como você explica o erro gramatical no original da KJV de 1611 em Is. 6:2 onde os tradutores fizeram um raro erro gramatical usando a forma plural incorreta de “seraphims”“ em lugar de “seraphim”?
30.Precisamos ter uma tradução de Bíblia perfeitamente sem defeito para chamá-la de “palavra de Deus” ? Nesse caso, como nós sabemos que “isto” é perfeito? Se não, por que pôr algum  “limite” para a “palavra de Deus”  só para UMA “traduções inglesas do séc. XVII”? Onde estava a “Palavra de Deus” antes de 1611? Nossos Pais Peregrinos tinham a “Palavra de Deus” quando trouxeram a BÍBLIA DE GENEBRA com eles para a América do Norte?
31.Os tradutores da  KJV foram “mentirosos” por dizer que “mesmo a pior [mais pobre] tradução” ainda é a “Palavra de Deus”?
32.Você acredita que o hebraico e grego usados para a KJV eram a “Palavra de Deus”?
33.Você acredita que o hebraico e grego sob a KJV podem “corrigir” o inglês?
34.Você acredita que o inglês da KJV “corrige” seu próprio texto hebraico e grego do qual que foi traduzida?
35.QUALQUER tradução é “inspirada” ? A KJV é uma “tradução inspirada”?
36.A KJV é a “Escritura”? Foi “dada por inspiração de Deus” ?  [IITm.. 3:16]
37.QUANDO a KJV dada por “inspiração de Deus” —1611, ou quaisquer das KJV maiores/menores revisões em 1613, 1629, 1638, 1644, 1664, 1701, 1744, 1762, 1769, e a última em 1850?
38.Em que idioma Jesus Cristo [não Peter Ruckman e outros] ensina que o VT seria preservado sempre de acordo com Mt.5:18?
39.Onde a Bíblia ensina que Deus preservará a Palavra dele perfeitamente na forma de uma tradução inglesa do séc. XVII?
40.Deus perdeu as palavras dos originais quando os “autógrafos” foram destruídos?
41.Os tradutores da KJV enganaram os leitores dizendo que o NT deles  foi “traduzido separado do original grego”? [página de título do NT da KJV]. Onde eles “mentiram” ter dito que traduziram do “original grego”?
42.O “grego original” se perdeu depois de 1611?
43.A reforma protestante (1517-1603) aconteceu sem a “Palavra de Deus”?
44.Que cópia ou traduções da “Palavra de Deus”, usadas pelos reformadores, eram absolutamente infalíveis e inerrantes? [suas principais Bíblias são famosas e cópias ainda existem].
45.Se a KJV é “a preservada e infalível Palavra de Deus preservada para as pessoas de língua inglesa”, as “pessoas de língua inglesa” tinham a “Palavra de Deus” de 1525-1604?
46.Foi a de Tyndale [1525], ou Coverdale [1535], ou Matthew [1537], ou a Grande [1539], ou a Genebra [1560]. . .a Bíblia inglesa absolutamente infalível?
47.Se nem a KJV nem qualquer outra uma versão é absolutamente inerrante, poderia um pecador perdido “nascer de novo” pela “Palavra incorruptível de Deus”? [IPd.1:23]
48.Se a KJV pode “corrigir” os originais inspirados, o hebraico e grego originalmente “expirados por Deus” precisariam de correção ou melhoria?
49.Já que a maioria dos defensores da KJV-só acreditam que a KJV é a “Escritura” inerrante e inspirada  [IIPd.1:20], e IIPd. 1:21 diz  “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo”, então você não argumenta assim—”Porque a KJV nunca foi produzida por vontade dos homens em 1611, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.”?
50.Qual leitura é a verbalmente (palavra-por-palavra) escritura inerrante— “whom ye” [KJV de Cambridge] ou, “whom he” [KJV de Oxford] em Jr. 34:16?
51.Qual leitura é a verbalmente (palavra-por-palavra) escritura inerrante—”sin” [KJV de Cambridge] or “sins” [KJVde Oxford] em IICr.33:19?
52.Quem publica a “inerrante KJV”?
53. Desde que as revisões da KJV de 1613-1850 (além de mudanças em pontuação, ortografia, e impressão) foram feitas,
muitas centenas de mudanças nas palavras, ordem, possessivos, singulares e plurais, artigos, pronomes, conjunções, preposições, frases inteiras, e a adição e apagamento de palavras—você diria que a KJV foi “verbalmente inerrante” de 1611, 1629, 1638, 1644, 1664, 1701, 1744, 1762, 1769, ou 1850?
54. Você diria que Deus esperou até que um rei chamado “James” se sentasse no trono da Inglaterra antes de preservar fielmente Sua Palavra em inglês e diria o quê se visse na “Epístola Dedicatória” um louvor ao rei como “o Mais Terrível Soberano…Sua Mejestade Real…” se é um FATO histórico que o rei foi homossexual? [documentação — Antonia Fraser — “King James VI of Scotland, I of England” Knopf Publ./1975/pgs. 36-37, 123 || Caroline Bingham — “The Making of a King” Doubleday Publ./1969/pgs. 128-129, 197-198 || Otto J. Scott — “James I” Mason-Charter Publ./1976/pgs. 108, 111, 120, 194, 200, 224, 311, 353, 382 || David H. Wilson — “King James VI & I” Oxford Publ./1956/pgs. 36, 99-101, 336-337, 383-386, 395 || e mais enciclopédias]
55. Você diria que o tradutor da KJV, Richard Thomson, que trabalhou em Gênesis-Reis no grupo de Westminster, foi “inspirado por Deus em sua tradução” embora fosse um alcóolatra que “bebia seu drink” diariamente durante seu trabalho?
[Gustavus S. Paine — “The Men Behind the KJV” Baker Book House/1979/pgs. 40, 69]
56. É possível que a tradução “gay clothing” em Tg. 2.3 poderia dar uma má impressão para o leitor moderno da KJV?
57. Os mortos “despertam” de manhã, de acordo com Is. 37.26, na KJV?
58. Foi “Batista” o último nome de João, de acordo com Mt.14.8 e Lc. 7.20 na KJV?
59. Está IICo. 6:11-13 na KJV claro para o leitor inglês moderno – “O coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coraçäo está dilatado. Näo estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos. Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também vós.” –  como está claro na Nova Versão Internacional (NIV) – “Nós vos falamos com toda a liberdade, ó coríntios; o nosso coração se dilatou. Não é estreito o lugar que ocupais em nós, mas é em vossos corações que estais na estreiteza. Pagai-nos com igual retribuição; falo-vos como a filhos: dilatai também os vossos corações!”
60. O singular “oath’s”, ocorrendo em tda a KJV em Mt. 14.9 e Mc. 6.26,  “corrige”  todo o Textus Rexeptus grego que tem o plural (oaths) publicado pelos publicadores pós-1611, perdendo a apóstrofe?
61. Estava Jesus ensinado como se “adorar” um homem de acordo com Lc. 14.10 na KJV, contradizendo o 1º mandamento e o que Ele disse em Lc. 4.8? [Lembre-se – você não pode ler o grego se não for pela KJV!]
62. O Espírito Santo é “it” de acordo com Jo. 1.32; Rm. 8.16,26 e IPe. 1.11 na KJV? [ Mais uma vez, você não pode ler o grego se não for pela KJV!]
63. Lc. 23.56 dá a idéia de uma crucificação na “sexta-feira” na KJV? [Não há “dia” aqui em grego]
64. Jesus mandou que se desse “carne” para a menina em Lc. 8.55 na KJV? [ou, “of them that sit at meat with thee.” em Lc. 14.10]
65. Charles Haddon Spurgeon foi um “revisor da Bíblia” ao dizer que Rm. 8.24 deveria ser “salvos na esperança” ao invés de “salvos pela esperança” na KJV? [Metropolitan Tabernacle Pulpit, Vol 27, 1881, pag. 485 – veja mais comentários de Spurgeon sobre a KJV em What is “KJV-Onlyism?”, e muitos outros artigos em, “Quotes on Bible Translations.”]
66. J. Frank Norris foi um “revisor da Bíblia” ao dizer que o correto de Jo.3.5 deveria ser “nascer da água e do Espírito” e por dizer que “arrependessem e convertessem” deveria ser “arrependessem e mesmo se convertessem” em At. 26.20? [Debate Norris-Wallace , 1934, pgs. 108, 116] Norman Pickering está sendo um “apóstata alexandrino” quando diz “a natureza da linguagem não permite uma tradução ‘perfeita’ – a semântica das palavras diferem entre as linguagens que raramente as palavras se batem. Uma perfeita tradução de Jo. 3.16 do grego ao inglês é impossível, pois não temos um equivalente a ‘agapao’ [traduzido como ‘amor’ em Jo 3.16]”?
67. R. A. Torrey  estava “mentindo” quando disse o seguinte em 1907 – “ninguém, que eu saiba, diz que a tradução inglesa da Bíblia é infalível e inerrante. A doutrina seguida por muitos é que as Escrituras originalmente foram dadas infalíveis e inerrantes e que nossa tradução inglesa é uma tradução bastante precisa dos originais.”?  [Difficulties in the Bible, pag. 17]
68. Don Edwards está correto em concordar em “canonizar a KJV” e substituir o cânon hebreu e grego? [The Flaming Torch, Junho de 1989, pag. 6]
69. Deus sobrenaturalmente “mudou Sua Palavra das linguagens originais para o inglês” em 1611, como afirmado na The Flaming Torch? [mesma página acima]

A VERDADEIRA genealogia & gênese do KJV-só
A linha da história

por DOUG KUTILEK
BENJAMIM WILKINSON

  • No reino do “KJV-só”, uma genealogia peculiar pode ser encontrada. Todos os escritores que abraçam a “KJV-só” tem suas idéias derivadas do missionário, teólogo, professor e presidente de faculdade adventista do Sétimo-Dia Benjamim G. Wilkinson (morreu em 1968), por um ou outro de seus descendentes. Em 1930, Wilkinson escreveu Our Authorized Bible Vindicated, um livro de cem páginas que não foi bem conhecido em sua época (isso não é de se supreender, visto o oceano de erros que havia na época).
  • Nesse livro Wilkinson atacou o “texto grego de Westcott-Hort” e em muitas partes atacando pessoalmente Westcott e Hort (o método comum, mas enganoso ad hominem; eu expûs e refutei esta linha de argumento em “Erasmus and His Theology,” The Biblical Evangelist, vol. 19, no. 20, October 15, 1985, pgs. 3-4)
  • Ele também expressou forte oposição a English Revised Version New Testament (1881), em particular objetando porque ela extraiu dois textos-provas favoritos do adventismo, um alegado ensino da guarda do sábado (At. 13.42) e outro que a alma dorme (Hb. 9.27). [Alguns dos erros mais grosseiros de Wilkinson eu mostrei em “Wilkinson’s Incredible Errors,” Baptist Biblical Heritage, vol. 1, no. 3, Fall, 1990].
  • Wilkinson também concebeu a errada idéia que a Bíblia medieval dos valdenses foi baseada no latim antigo e não na vulgata e que a versão do latim antigo tinha o texto-tipo bizantino [tudo isto é falso, como mostrei em “The Truth about the Waldensian Bible and the Old Latin Version,” – A Verdade Sobre a Bíblia Valdense e a Versão do Latim Antigo – Baptist Biblical Heritage, vol. 2, no. 2, Summer, 1991 ] Este é Wilkinson, a primeira geração…

J. J. RAY

  • O livro de Wilkinson ficou parado e desconhecido (e como seria bom se todos os erros dele morressem com ele!), até a 1955, quando J.J. Ray (morreu em 1980), que se auto-descreve como “empresário, missionário, professor da Bíblia”, publica um pequeno volume God Wrote Only One Bible. Nele, Ray plagiou, sem dar crédito, o livro de Wilkinson, repetindo e progagando os erros [esse plágio é documentado no artigo de Gary Hudson “The Real ‘Eye Opener’,” Baptist Biblical Heritage, vol. 2, no. 1, Spring, 1991 ]
  • O livro de Ray passou por numerosas impressões, com números talvez da ordem de dezenas de milhares. A primeira vez que vi uma cópia deste livro foi em 1971, como aluno do primeiro ano do Baptist Bible College, Springfield, Missouri, onde eu fui apresentado – por estudantes de Ohio – para os livros Bible Babel, de Ruckman e Which Bible?, de Fuller. Achei interessante que Ray reconhece que há algumas traduções errôneas na KJV que precisavam de revisão (pgs. 30-31, 102), uma idéia que hoje os KJV-só consideram heresia. Com Ray, a segunda geração…

DAVID OTIS FULLER

  • O outro principal disseminator das más idéias de Wilkinson foi David Otis Fuller, um pastor batista regular. Fuller precisa ser contado entre a terceira geração, porque, de acordo com as próprias palavras de Fuller na dedicatória do livro “Counterfeit or Genuine” (Genuíno ou Falso, 1975), o livro de Ray, God Wrote Only One Bible, “me fez começar este estudo”. Ray e seu livro também foram muitos citados em Which Bible? (pgs. 2-4). Eu imagino o cenário assim: Fuller lê Ray; Fuller cita Ray para mais informação; Ray leva Fuller a Wilkinson; Fuller lê Wilkinson; é levado ao engano e reimprime Wilkinson em Which Bible?
  • Em 1970 Fulle publica Which Bible? que estava na sua 5a. edição em 1975 e teve 350 páginas. Destas páginas, QUASE METADE foi tirada da Our Authorized Bible Vindicated, com algumas edições, primeiro, para ocultar a denominação de Wilkinson e segundo, corrigir alguns de seus piores erros.
  • De acordo com D.A.White, um longo parceiro de Fuller nos assuntos da KJV-só, Fuller sabia muito bem que Wilkinson foi um adventista e deliberadamente ocultou o fato do leitor, e mesmo do publicador [veja o fim desta seção], porque os batistas “não entenderiam”. A operação de Fuller de editar os textos de Wilkinson falhou [veja o estudo  “The Great ‘Which Bible?’ Fraud,” – A Grande Fraude da Qual Bíblia?, por mim e Gary Hudson, Baptist Biblical Heritage, vol. 1, no. 2, Summer, 1990 ]
  • Como reproduzido em Which Bible?, o material de Wilkinson é infestado de afirmações absurdas, modificações descaradas dos fatos, distorções, más representações e meias-verdades. O que você esperaria de encontrar nos escritos de um cultista? [Como disse acima, veja meu artigo “Wilkinson’s Incredible Errors,” Baptist Biblical Heritage, vol. 1, no. 3, Fall, 1990]
  • Foi o mesmo David Otis Fuller que concientemente falsificou as idéias de Spurgeon sobre o texto grego Textus Receptus, da KJV e a English Revised Version [eu mostrei a decepção de Fuller com as grandes quantidades de citações e documentações das próprias cartas de Spurgeon em “Spurgeon & Bible Translations: the Abuse Continues,” – Spurgeon & as Traduções da Bíblia: o Abuso Continua – Baptist Biblical Heritage, vol. 1, no. 1, Spring, 1990, publicado depois como brochura como An Answer to David Otis Fuller – Uma Resposta Para David Otis Fuller – pela Pilgrim Publications].
  • Foi o mesmo David Otis Fuller que grosseiramente falsificou as idéias de Robert Dick Wilson, sobre a Bíblia inglesa. Fuller disse que as idéias de Wilson e as dele neste sentido eram exatamente as mesmas, quer dizer, que Wilson também não encontrou nenhum erro na tradução inglesa e nos textos hebraicos e gregos em que foi baseada. Qualquer um que conhece os escritos de Wilson sabia que Wilson acreditava que só os originais foram inspirados e que as traduções precisavam ser corrigidas com base no original e que, apesar das cópias hebraicas recentes do Velho Testamento serem geralmente confiáveis, às vezes as versões mais antigas (septuaginta, siríaca, vulgata, etc) preservavam a verdadeira leitura original onde o hebraico foi corrompido no processo das cópias [veja as observações de Wilson em Studies in the Book of Daniel, – Estudos no Livro de Daniel – vol. I, pgs. 84-85, e A Scientific Investigation of the Old Testament, – Uma Investigação Científica do Antigo Testamento – pg. 61].
  • Fuller também arrastou o padre anglicano John William Burgon como “testemunha” para seu ponto de vista, fundando até mesmo uma “sociedade” com o nome de Burgon, apesar dela [dirigida por D.A.White] ter propagado idéias que o próprio Burgon havia rejeitado. Ao contrário de David Otis Fuller, não só Burgon não acreditava que o Textus Receptus era inalteravelmente “perfeito” e a imutável KJV correta, mas ele também acreditava que o Textus Receptus precisava de de extensa revisão (propondo mais de 120 mudanças só no evangelho de Mateus) e escreveu que em alguns lugares a English Revised New Testament de 1881 foi uma boa melhora sobre alguns pontos da KJV [veja as citações diretas do famoso livro de Burgon, The Revision Revised – A Revisão Revisada – , in Baptist Biblical Heritage, vol. 4, no. 2, pgs. 4, 11, 16 ] e o artigo de Gary Hudson, “Why Dean Burgon Would Not Join the ‘Dean Burgon Society’,” – Porque John Burgon Não Entrou Para a Sociedade Deão Burgon.
  • Fuller, em resumo, estava pronto e disposto a ocultar a verdade sobre Wilkinson, e deliberadamente torceu as opiniões de Spurgeon e Wilson, homens que ele disse admirar, e invocava John Burgon para enganar seus leitores e apoiar suas idéias, apesar de que ele (Fuller) estava em muito conflito com esses homens. A descarada desonestidade de Fuller e a falta de verdade não fez as pessoas ficarem confiantes em seus escritos sobre a “controvérsia” das traduções bíblicas, apesar dele ser um “pai fundador” do movimento KJV-só!
  • O editado livro de Fuller, Which Bible? é na verdade um jogo de palavras de escritores como Robert Dick Wilson, Zane Hodges e outros, que distintivamente rejeitaram a opinião do TR-só/KJV-só [e ao menos um dos escritores que deram permissão para Fuller incluir algo em seu trabalho, se queixaram de como ele tinha alterado o ponto de vista do escritor no processo da edição] e de fato dão algumas informações que refutam este movimento. Apesar de seus inerentes defeitos, pontos de vista contraditórios e muitos erros, Which Bible?, em numerosas impressões e pelo menos cinco edições, teve muita influência no debate atual e disseminou muita da má informação que caracteriza o movimento do KJV-só hoje. Sem dúvida, estou convencido que a maioria desta destrutiva controvérsia é resultado do livro de Fuller, Which Bible? e que ele tem que agüentar o ódio de ter incitado a discussão entre os irmãos (Pb. 6.19) [Fuller morreu em 1988]
  • Nota [por Bob L. Ross]: depois de repetidos pedidos por Fuller e seus amigos, Robert Kregel da Kregel Publications imprimiu três livros de Fuller sobre a KJV-só [não usando o nome da Kregel Publications]. Ele pessoalmente me contou que Fuller “me implorou para publicar seus livros” mas não disse a Kregel que tinham escritas adventistas.

PETER S. RUCKMAN

Auto-proclamado “restaurador” dos ‘elos perdidos’ da KJV
Final Authority
Peter Ruckman sobre a KJV –
1. “Eu NUNCA disse que a Bíblia King James foi inspirada, embora publicasse bastante disso.”
[seu panfleto, Why I Believe the King James Version Is
the Word of God” pg. 6 ]
2.”Em nenhuma vez DEUS disse que ALGUMA tradução era inspirada.”
[Bible Believer’s Bulletin, Nov. 91, pg. 10]
3. “Em nenhuma vez eu disse que a V.A.1611 foi a ‘verbalmente inspirada Palavra de Deus’. A inspiração verbal tem a ver com IITm. 3.16 e se refere aos AUTÓGRAFOS ORIGINAIS, como bem sabemos.” [Carta para Robert Sumner, 1971]
  • Também na terceira geração, sem dúvida o mais arrogante e abusado dos defensores da KJV-só é Peter S. Ruckman, que se passou de pregador batista, publicando um Bible Believers’ Bulletin, uma série de livros ruins de comentários bíblicos, tópicos relacionados á Bíblia e tradução. Todos seus escritos são caracterizados pela vilificação e denúncia de tudo e todos, colocando juntos homens de fé como B. B. Warfield, A. T. Robertson e C. H. Spurgeon (quando não falsamente declara o apoio de Spurgeon à suas idéias) a Wellhausen, Adolf Hitler e Harry Fosdick.
  • Pior é o rio de erros em cada página de todo trabalho de Ruckman. Ele sozinho injetou mais falsas informações na controvérsia que todos os outros escritores juntos.
  • Nota [por Bob L. Ross]: enquanto Ruckman fala sobre sua “Autoridade Final”, sua “hermenêutica” ligação com a KJV é tão absurda que em nenhuma parte nós sabemos se ele está pondo ensinos doutrinais, práticos ou proféticos das Escrituras. Ele tem vários “planos de salvação” , “vários evangelhos”, um anti-cristo de 5 metros que chega num OVNI, uma “marca da besta” aplicada por “dois lábios pretos enormes”, “batismo para salvação em Pentecostes” e outros absurdos. Sua “jogada” em “Autoridade Final” é só uma “bagunça” para iludir o crédulo. Ele torce e distorce a KJV para fazê-la dizer o que ela não diz, e não permite ver a verdade.
  • Foi Ruckman o primeiro que propagou a errada idéia que a KJV não tinha direitos autorais [expûs e refutei este erro no ensaio  “The KJV IS a Copyrighted Translation !” primeiro publicado pela The Biblical  Evangelist, vol. 17, no. 11, maio 27, 1983 e reeditada de forma revisada e expandida pela Baptist Biblical Heritage, vol. 4, no. 3, October, 1993 ].
  • Foi Ruckman que criou o cenário da falsa afirmação que nenhum estudioso protestante pessoalmente investigou o manuscrito do Vaticanus [ver minha refutação “Ruckmanism: A Refuge of Lies,” – Ruckmanismo: Um Refúgio de Mentiras – Baptist Biblical Heritage,  vol. 4, no. 4, janeiro, 1994 ]
  • Foi Ruckman que criou do nada a absurda noção que não havia tradução grega do AT até que fosse produzida por Orígenes no séc. III. [provada falsa em meu artigo “The Septuagint: Riplinger’s Blunders, Believe It or Not,” – A Septuaginta: Os Erros de Riplinger, Acredite ou Não –  Baptist Biblical Heritage, vol. 5, no. 2, Third quarter, 1994 ]
  • E como Ruckman entrou na briga? Que livro o influenciou? O primeiro livro de Ruckman (infelizmente, não o último) sobre o assunto, The Bible Babel (1964), traz sinais inconfundíveis da influência de J.J.Ray. O gráfico de textos “corruptos” e versões na pág. 28 é uma abreviação de Ray, pgs. 56-70; a “árvore” de “boas” versões de Ruckman na pág. 73 são uma representação virtual, com pequenas alterações, do gráfico da pág. 109; na pág. viii das notas de rodapé, Ruckman menciona o livro de Ray, mas dando-lhe o nome de “God Only Wrote One Book,” que é típico de seu nível de precisão! Da mesma maneira que Wilkinson desviou o Sl. 12.6-7 para a KJV, assim fizeram Ray e Ruckman. Além disso, no livro assim chamado de Ruckman The Christian’s Handbook of Manuscript Evidence (O Manual Cristão Para a Evidência Manuscrita, 1970 ) Ruckman recomenda Ray (junto com Edward F. Hills) como um dos mais respeitáveis escritores sobre texto e tradução (prefácio, pg. 1).

EDWARD F . HILLS E OUTROS

  • Uma palavra precisa ser dita aqui sobre Edward F. Hills, que escreveu dois livros em parte sobre a controvérsia de  textos e tradução, Believing Bible Study (Acreditando no Estudo da Bíblia,1967) e The King James Version Defended (A Versão King James Defendida,1956, 1973) e um capítulo sobre Burgon no livro de Fuller, Which Bible? O tema do trabalho de Hill é a defesa de não só do texto-tipo bizantino em geral como a verdadeira forma do do texto do NT, mas  a defesa da forma específica do TR do texto bizantino, incluindo as únicas (i.e.,  sem suporte) leituras do TR introduzidas por Erasmo (como o TR e o TM publicado por Hodges e Farstad diferiam em 1.838 lugares).
  • Hills, que não defendia a inerrância da KJV nem a origem por Orígenes da septuaginta, não foi fundamental nem importante no movimento KJV-só, mas foi uma personagem de segundo plano cujos trabalhos são citados onde quer que suas palavras possam apoiar o ponto de vista de um escritor. Em geral, os escritos de Hill são muito bem-informados e mais precisos que quase toda a literatura KJV-só, entretanto ele escreve cegamente para apoiar suas pressuposições. [Uma boa análise de Hill e seu ponto de vista foi feito pelo dr. James A. Price “King James Only View of Edward F. Hills,” Baptist Biblical Heritage, vol. 1, no. 4, Winter 1990-91]
  • De Ruckman, cresceu, como as cabeças da serpente da Hidra, um amontoado de confusos e incrivelmente mal-informados escritores, editores, pregadores e evangelistas que imaginam estar “defendendo a verdadeira fé”, quando na verdade sua ignorância da verdade é incomensurável. Como John Broadus chegou a dizer, é incrível quanta ignorância alguns homens podem acumular. Na verdade, há limites naturais para tudo, menos para estupidez humana.
  • Entre os mais influenciados por Fuller está D.A.White, que agora faz muitos de seus enganos e E. L. Bynum. Também, Jack Chick (Chick Publications) cujos quadrinhos mostraram a KJV-só, reconheceu em cartas que era totalmente dependente de Fuller e Ruckman para suas pesquisas [veja também os rodapés em város quadrinhos e livros da KJV-só de Chick]. Me faz lembrar de um antigo provérbio judeu: “se você deseja se estrangular, enforque-se numa boa árvore”, quer dizer, se você tem que confiar numa autoridade, certifique-se que ela é fidedigna.

GAIL RIPLINGER

  • Agora as mulheres estão entrando no movimento KJV-só, ganhando uma multidão crédula seduzida pelas táticas empregadas. O último exemplo dessa perversa propaganda é uma pilha enorme de folhetos intitulado NEW AGE BIBLE VERSIONS (VERSÕES DA BÍBLIA DA NOVA ERA), por G. [Gail] A. Riplinger. Esta mulher disse que Deus foi o “autor”(!) e ela a “secretária” (!) porque “G” (God, em inglês, Deus) e “A” (and, em inglês, e)…Riplinger. Ela alega que há uma “conspiração satânica” (!) por parte das “modernas versões da Bíblia”, patrocinadas pelo “movimento da Nova Era”(!) (veja links acima para uma de nossas revisões – mais artigos para vir).
  • Junto com outras alegações, estas declarações eram demais até para muitos KJV-só  e o trabalho de Gail foi classificado como “um livro inseguro” por David W. Cloud, editor da O TIMOTHY Magazine (Vol. II, #8, 1994 ) [chamado depois de “THE MADMAN” – O LOUCO – por Gail]. Cloud diz que a declaração de Gail que Deus foi o “autor” é algo “que até muitos profetas radicais evitaram usar palavra”. O livro ainda foi criticado por Chick, Ruckman, Jack Hyles, Texe Marrs, J. R. Chambers, D. A. Waite, Walter Beebe e outros. Há muitos seguidores da KJV-só, por isso, muito dinheiro pode ser feito vendendo este livro para o crédulo!

SUMÁRIO

  • De Wilkinson na primeira geração, por Ray na segunda, Fuller e Ruckman na terceira, o movimento KJV-só surgiu e, por isso, todos os KJV-só são, de um modo ou de outro, descendentes espirituais diretos desses homens mal-informados. E como o movimento progrediu de uma geração a outra, com cada geração produzindo uma nova mente enganosa, suas idéias se tornaram mais radicais e extremas.
  • Primeiro, a KJV foi vista como a “melhor” que outras versões inglesas, então não precisa de correção e revisão (como disse Ray); então, a idéia veio que ela é “livre de erros” (mas não sem problemas insolúveis, como disse Fuller); então a KJV foi aceita como “perfeita”, infalível, exata, “superior” mesmo aos textos hebraicos e gregos da qual foi feita, e de fato continha “novas revelações” não encontradas no hebraico e grego (como disse Ruckman); e agora é até dito que uma pessoa “não pode ser salva’ se não for pela KJV (como disse Hyles e outros) e todas as Bíblias estrangeiras deveriam ser revisadas para se conformarem com a KJV (uma idéia levada de uma americano idiota visitando a Romênia, por um ignorante missionário americano no Japão e por uma igreja no Arizona que insiste que a tradução Reina-Valera de 1960, que trouxe salvação a milhões, não é a Palavra de Deus), uma idéia tão absurda que só um americano poderia acreditar.
  • O movimento se tornou uma caricatura comum de si mesmo e apressou o surgimento de idéias mais extremas, e como ficam na sombra do “KJV-só”, depois de terem perdido toda a habilidade para discernir a verdade do erro, eles viram presa fácil para toda falsa doutrina. Um defensor da KJV-só do Meio-Oeste foi banido de seu círculo de amigos porque começou a aderir ao Israelismo Britânico, a idéia que o povo inglês é Israel (a idéia de Herbert W. e Garner Ted Armstrong; esta idéia vem naturalmente do KJV-só, porque afinal, o povo inglês tem que ser especial, já que Deus lhes deu uma tradução infalível, inspirada, perfeitamente preservada…com 6 revisões diferentes…certo?).
  • Todo defensor da KJV-só é um descendente direto de Wilkinson, Ray, Fuller e Ruckman e todos são vítimas (inconscientemente, eu espero) da multidão de erros, distorções, corrupções, má interpretações e, em alguns casos, de mentiras descaradas desses homens. Eles são coletivamente algo perigoso. São incertos ao extremo e não merecem nenhuma confiança do que dizem. Eu não tenho dúvida que alguns continuarão com felicidade em sua ignorância, ignorância da verdade, não vendo porque NÃO querem ver.
  • “Então Wilkinson, quando tinha concebido, produziu Ray, e Ray, quando estava maduro, produziu Fuller, Ruckman, Chick, Riplinger, Hyles, Bynum, Gipp, Waite, Marrs …e infelizmente, outros.”

 Tradução: Emerson de Oliveira

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