A entrevista recente de Francisco: as feministas não vão ficar satisfeitas

imagesO Santo Padre teve uma entrevista com o jornal italiano Il Messaggero. Não é totalmente reveladora e suspeito que muitas pessoas não vão se sentir animadas sobre isso.

Há pouco mais de estatismo nela. Uma coisa a notar, no entanto, é que as nossas feministas não vão ficar felizes com esta entrevista. Nem um pouco.

Aqui é a seção sobre as mulheres na Igreja (transcrição minha):

M: Se o senhor permitir uma crítica …

Francisco: Claro …

M: O senhor talvez, fala pouco sobre as mulheres e quando fala sobre elas assume a questão apenas do ponto de vista da maternidade, a mulher como esposa, mulher, como mãe, etc, Mas as mulheres já são chefes de Estado, multinacionais, exércitos. Que cargos as mulheres podem manter ter na Igreja, de acordo com o senhor?

Francisco: As mulheres são as coisas mais lindas que Deus criou. A Igreja é a mulher. Igreja é uma palavra feminina [em italiano]. Não se pode fazer teologia sem essa feminilidade. Está certo que nós não falamos sobre isso o suficiente. Concordo que deve haver mais trabalho sobre a teologia das mulheres. Eu tenho dito que estamos a trabalhar nesse sentido.

M: Não há uma certa misoginia na base disso?

Francisco: O fato é que a mulher foi tirada de uma costela… (ele ri fortemente). Estou brincando, isso é uma piada. Concordo que a questão das mulheres deve ser explorada mais profundamente, caso contrário, não se pode compreender a própria Igreja.

M: Podemos esperar algumas decisões históricas do senhor, como colocar mulheres na chefia de um dicastério [departamento do Vaticano], se não do clero?

Francisco: (risos), Bem, muitas vezes os sacerdotes ficam sob o jugo de Perpétua.. [le Perpetue… são “governantas” porque em Manzioni’s I promessi sposi, a governanta de Dom Abondio foi batizada de “Perpétua”]

Assim, as feministas e os promotores de ordenação de mulheres não receberam nada de novo :).

Fonte: http://wdtprs.com/blog/2014/06/francis-latest-interview-feminists-wont-be-pleased/
Tradução: Emerson de Oliveira

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