Desmontando farsas republicanas – I

República1) Para esses historiadores atuais, tipo Laurentino Gomes e outros que estão na moda, eu costumo adotar a seguinte técnica: antes de ler o livro deles, eu procuro saber a ideologia deles – isso diz muito sobre o porquê de haverem escrito os seus trabalhos.

2) Desses escritores atuais, três eu recomendo porque pessoas realmente sérias, de minha mais absoluta confiança, me recomendaram: Leandro Narloch, Jorge Caldeira e Francisco Doratioto – uma dessas pessoas foi o próprio Olavo de Carvalho.

3) Os outros historiadores da moda, por eu não ter referências confiáveis, eu evito ler. Pois já está havendo uma tentativa, desde a RHBN de Novembro de 2009, de se inviabilizar a monarquia, alegando-se que D. Pedro II era um “monarca republicano”. O termo por si só já é dialético, pois revela síntese a partir de coisas radicalmente contrárias. Uma coisa já foi dita: a dialética é uma ilusão, pois ela dá um recorte muito arbitrário, subjetivo. Por isso, muito cuidado com ela.

4) O fato é que está havendo republicanismo cultural, através desses elementos dialéticos e de muita retórica furada, com o intuito de entreter o leitor e distraí-lo de outras coisas que não os fatos: basta ver os estilo dos historiadores atuais de tentar conversar com o leitor, uma característica de narração pós-moderna. Muitos desses historiadores ou são jornalistas ou têm algum treinamento em letras – por isso têm um domínio perfeito do processo de forjar palavras, com o intuito de fabricar falsas realidades. Isso não é fazer ciência, mas uma clara tentativa de enganação. A objetividade se perde, nessa tentativa aparentemente simpática de conversar com o leitor. Isso dá margem a subjetivismo.

5) Ao se escrever, você deve fazer ciência: descrever todos os fatos que encontrou e apontar, com autoridade, que isso decorre de tudo isso que você pôde averiguar, nas provas documentais e na História Oral. Esse testemunho, somado às citações, dá autoridade ao seu trabalho, por isso credibilidade. Se o historiador ficar tentando dialogar com o leitor e ficar negociando os fatos tal qual se faz com banana na feira, como fazem esses historiadores atuais, isso é cair no engodo modernista de que cada um tem a sua verdade: e aí eles vão partir para a tese, antítese e síntese, a partir de coisas que não decorrem das provas documentadas. Essa tentativa já revela desonestidade intelectual.

5) O fato, senhores, é que a república é uma tragédia e a defesa dela sempre será feita através da mais pura farsa – D. Bertrand falou que o presidente do Equador, com muita franqueza, disse ao embaixador brasileiro da época do Golpe que o que foi feito foi uma grande sandice – ele sabia o que era uma república: um republicu. Eu vim ao mundo quando o republicu estava pra completar 100 anos e passei a vida inteira vendo as sandices desse infame regime – portanto, sei do que falo. Eu vejo isso e não desejo isso a quem vier depois de mim, seja essa pessoa meu descendente ou não.

Para saber mais e ser bem informado:

Fonte: https://www.facebook.com/jose.dettmann/posts/10151664999137413

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