Como desmascarar um cético endurecido

150420-scoffersÉ importante entender que a Bíblia aconselha a não continuamente evangelizar certas pessoas.

O próprio Jesus alertou sobre dar pérolas a pessoas que não só as destroem, mas também atacam o doador das pérolas com violência (Mateus 7:6). Cristo também disse para os discípulos pararem de discutir com alguns fariseus que não estavam interessados em ouvir a verdade (Lucas 15:14).

Um termo bíblico dado para essas pessoas não é muito usado hoje em dia: escarnecedor. A palavra hebraica significa desprezar e zombar, e uma falta de vontade para receber a repreensão. No Novo Testamento, o significado da palavra grega é o mesmo da palavra hebraica, com a ideia de desprezar a pessoa que da o conselho ou a repreensão inclusa.

O alerta sobre envolver-se consistentemente com escarnecedores é visto ao longo dos dois Antigo e Novo Testamentos. Alguns exemplos incluem:

“Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreenda o sábio, e ele te amará.” (Provérbios 9:8)

“O escarnecedor não ama aquele que o repreende, nem se chegará para os sábios.” (Provérbios 15:12)

“Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes: Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue! Eu dele estou limpo e, desde agora, vou para os gentios.” (Atos dos Apóstolos 18:6)

“Tendo em conta, antes de tudo, que , nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando Segundo as próprias paixões.” (2 Pedro 3:3)

Embora o alerta sobre essas pessoas seja fácil de entender, o que pode ser difícil para o cristão e reconhecer o escarnecedor e observar o conselho da Bíblia para lidar com eles. Para ajudar com isso, eu gostaria de compartilhar um método que tem funcionado razoavelmente bem para mim.

Tirando o véu do escarnecedor

Primeiramente, deixe-me dizer que eu não tenho nada contra uma pessoa que um cético, agnóstico ou ateísta honesto. De fato, eu acho as pessoas que estão pensando nos temas da fé e da não fé muito interessantes e algumas das minhas melhores e mais profundas conversas foram com aqueles que não acreditam como eu.

Adicionalmente, no livro “Not the religious type – Confessions of a turncoat atheist” (“Não do tipo religioso – Confissões de um ateísta vira-casaca”), Dave Schmelzer discorre sobre como aqueles que lutaram racionalmente com as questões sobre Deus e oscilaram entre o ceticismo e a fé podem acabar virando os mais fortes cristãos.

Mas não se engane: Há uma diferença marcante entre um agnóstico ou até mesmo um ateísta e um “malteísta”, entre um cético intelectualmente honesto [nota: eu não gosto dessa expressão, eu acho que só existe um tipo de honestidade, que é a honestidade moral, e um tipo de desonestidade, que é a desonestidade moral] e o que a Escritura chama de escarnecedor. Então como você distingue os dois?

Eric Metaxes da um excelente exemplo de como ele faz na incrivelmente popular coluna do Wall Street Journal chamada “Science increasingly makes the case for God” (“A ciência apontando cada vez mais para Deus”). Depois de apresentar o seu argumento para como um criador inteligente é a melhor razão por que o universo existe, então ele faz esta importante pergunta:

Em que ponto é razoável admitir que a ciência sugere que nós não podemos ser o resultado de forças aleatórias?

É assim que você faz.

Para desmascarar qualquer escarnecedor na sua plateia, Metaxes pergunta: “O que seria necessário para você acreditar?” Esses ultimatos podem tomar muitas formas, mas todas elas acabam da mesma forma.

Por exemplo, para aquele que duvida que Jesus Cristo levantou dos mortos, uma pergunta desta linha poderia ser feita: “Usando as técnicas e os métodos disponíveis para os historiadores validarem os eventos do passado, o que seria necessário para você acreditar na ressurreição de Cristo?”

Afinando as coisas ainda mais, a pergunta feita para os não-cristãos de fato é: “O que seria necessário para você receber Jesus Cristo como Senhor e Salvador?”

De qualquer forma que ela seja feita, a pergunta irá revelar quem está na sua frente. O agnóstico, o cético, o ateísta, etc. – honesto – pode estar desprevenido e dizer que ele precisa pensar sobre essa pergunta para responde-la. Ou ele já pode ter pensado nessa questão e ele vai te dar algumas boas razões do que falta para ele se tornar um cristão. Ou ele pode simplesmente dizer: “Eu não sei”.

O escarnecedor não.

Um bom exemplo dessa observação é o artigo de refutação que o ateísta Lawrence Krauss escreveu no “The New Yorker” (“O nova-iorquino”) contra o artigo de Metaxes. Ele tentou refutar vários pontos feitos por Metaxes, o que ele com certeza era livre para fazer.

Mas ele nunca respondeu a pergunta principal de Metaxes. Isso porque Krauss (pelo menos hoje) é um cético endurecido que não quer que Deus exista – uma alegação não difícil de acreditar se você ouvir o debate de Krauss com William L. Craig.

Faça essa pergunta para alguém que você acredita que é um escarnecedor e a resposta – ou não-resposta – irá quase sempre instantaneamente dizer se você deveria continuar discutindo com essa pessoa sobre Cristo. Respostas vazias, piadas de Deus fazendo alguma exibição nas nuvens ou alegações descaradamente falsas, como a de que não há evidências da existência de Deus, vão dizer o que você precisa saber.

E quanto a nós?

É claro que é justo adaptar essa questão para os cristãos e perguntar: “O que é necessário para você abandonar a sua fé em Cristo?” A minha resposta sempre foi a mesma do apóstolo Paulo, ou seja: “E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” (1 Coríntios 15:13,14)

Se alguém encontrar o corpo desse carpinteiro judeu, o Cristianismo já era. Todas as Bíblias precisam ser descartadas e todas as igrejas colocadas à venda.

Isso seria difícil para os cristãos? Com certeza. Mas se você está comprometido com a verdade, não importa para onde ela aponte, então você não tem outra opção, se o corpo de Jesus for encontrado.

A mesma coisa é verdadeira para aqueles comprometidos com a crença de que não há coisa alguma além do mundo natural. Para eles é assustador descartar essa cosmovisão e admitir que há alguma coisa – alguém – fora da natureza responsável pela vida que nós conhecemos.

Se você é essa pessoa, eu gostaria de convidá-lo para pensar seriamente no que seria necessário para você acreditar em um Criador, e até dar alguns passos além dessa questão, para pensar no que seria necessário para você aceitar a Jesus como Senhor e Salvador.

Esse exercício pode ser bem revelador.

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