A crença tem a ver com a verdade

dream-landscape-sun-grand-skyEu vi recentemente A Origem, que é um bom filme que abre a porta a muitas perguntas. Uma delas é a questão da mudança de crenças das pessoas. Podemos mudar as crenças de outra pessoa? Sim e fazemos isso o tempo todo em uma miríade de formas, como responde Ophelia Benson. Escrevendo ao The Guardian, ela afirma,

Recebemos crenças potenciais o tempo todo em reportagens,  publicidade e conversas. Nós não aceitamos todas elas. Rejeitamos algumas, duvidamos de outras, e até mesmo aquelas que aceitamos podemos depois alterar ou rejeitar se aprender mais. Sabemos perfeitamente bem – ou se não, deveríamos saber – que não é sensato acreditar em tudo o que aparece.

Mas ela diz que há uma questão ainda mais importante que devemos fazer – como podemos testar as crenças que temos?

A questão importante não é como adquirir uma crença tanto como a forma como testá-la, questioná-la, avaliá-la. A crença não é um simples sim ou não, ou pelo menos não deveria ser. Como passamos da infância (presumindo que tivemos uma educação decente), deveríamos saber bem no que acreditar além de tudo o que é dito.

Benson diz que as pessoas tratam as crenças religiosas como exceção a esta regra. Talvez algumas pessoas (ou a maioria) ajam assim. No entanto, eu concordo que não deveria ser assim. Ser racional significa sustentar-se em crenças verdadeiras. E o cristianismo sempre foi uma fé que desafia tanto seus adeptos e seus céticos a colocá-lo no teste de verdade. Para exemplos disso, podemos olhar para o Novo Testamento.

Paulo instruiu a igreja de Tessalônica a “examinar tudo com cuidado e reter o que é bom.” (1 Tessalonicenses 5,21) E em 1 Coríntios 15 – a mais antiga passagem do Novo Testamento – Paulo escreve que, se Jesus não ressuscitou os mortos (como um fato real da história), então a fé cristã é inútil, somos enganados de Deus, e digno de pena acima de todos os outros!

Os cristãos não devem ter medo de encarar as perguntas que se fazem sobre a verdade da fé cristã. Fazemos um desserviço para o fiel e o crítico quando dizemos que não devemos questionar a fé. Isso não significa que precisamos nos engajar em qualquer objeção que alguém lança – as pessoas muitas vezes não são motivado por uma busca da verdade, mas simplesmente querem desperdiçar seu tempo. Devemos estar dispostos a conversar com aqueles que têm dúvidas honestas e mostrar as razões para o cristianismo. O cristianismo não é meramente uma crença – é uma crença verdadeira e precisamos demonstrar essa mensagem para a Igreja e para o mundo.

Fonte: http://apologetics-notes.comereason.org/2010/08/belief-is-about-truth.html
Tradução: Ferdinando Waldmüller

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